A Neoenergia levou o Lote 2 no leilão de transmissão realizado hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 159,693 milhões, deságio de 42,60% em relação ao valor máximo estabelecido no edital, de R$ 278,193 milhões.
A disputa chegou a ir para o pregão viva-voz entre os proponentes State Grid, Consórcio Saturno e Neoenergia, que ofereceram inicialmente, respectivamente, receita anual permitida (RAP) de R$ 162,6 milhões (deságio de 41,52%), R$ 164,1 milhões (deságio de 41,01%) e R$ 169 milhões (deságio de 39,25%).
No viva-voz, o Consórcio Saturno não apresentou proposta, e a Neoenergia levou depois de três rodadas.
Também fizeram propostas os proponentes EDP, Energisa, Consorcio TRB, Equatorial, Argo, Cobra, Infraestrutura Brasil XI, Furnas, Consorcio Engie Brasil Transmissão e Consorcio Olympux IX.
O Lote 2 envolve uma linha de 1.091 quilômetros com 300 MVA de potência, passando por municípios na Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais.
O objetivo é expandir a rede básica da Área Sul do Nordeste, a fim de possibilitar o escoamento pleno de usinas já contratadas no Nordeste e ampliar as margens para conexão de novos empreendimentos de geração.
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Segundo o edital, o Lote 2 compreende investimentos da ordem de R$ 1,996 bilhão. O prazo para construção é de 60 meses, período no qual devem ser gerados 3.993 empregos diretos.
No total, o leilão compreende 11 lotes, que somam 1.959 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 6.420 MVA.
O governo estima que os empreendimentos envolvam investimentos da ordem de R$ 7,3 bilhões, com perspectiva de geração de 14.881 empregos durante a fase de construção. O prazo para entrega das obras é de 42 a 60 meses, e os contratos têm 30 anos de duração.
Os lotes ficam em nove estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Espirito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. A Receita Anual Permitida (RAP) total é de R$ 1,02 bilhão.
