A EDP Brasil arrematou o lote 2 do leilão de transmissão desta quinta-feira, 28 de março, ao oferecer uma receita anual permitida (RAP) de R$ 135 milhões, deságio de 45,97% em comparação com a receita máxima estabelecida pelo edital, de R$ 249,86 milhões.
Inicialmente, foram apresentadas as seguintes propostas pelos proponentes: Eletronorte (-37,11%), Cymi Construções (-36,1%), Engie (-34,13%), a Neoenergia (122,36%), o Consórcio Optimus I, composto por Equatorial e Alupar (-31%) e o FIP Development Warehouse, do BTG Pactual (-44%).
EDP e o fundo do BTG foram habilitados para a disputa no pregão viva-voz. Como nenhuma das empresas se interessou em reduzir a proposta inicial, a EDP saiu vencedora.
O certame, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vai oferecer um total de 15 lotes, envolvendo a contratação de investimentos de R$ 18,2 bilhões em novas concessões de transmissão de energia.
O lote 2 envolve investimentos estimados da ordem de R$ 1,54 bilhão, com 537 km em linhas de transmissão no Piauí. O objetivo é expandir a rede básica da área norte do Nordeste, a fim de possibilitar pleno escoamento das usinas já contratadas no Nordeste, ampliar as margens para conexão de novos empreendimentos de geração e atender o crescimento da demanda local.
No total, a Aneel estima que serão criados 3.090 empregos durante as obras, que terão 60 meses para serem concluídas.