O governo de Santa Catarina lançou na última semana o programa ‘Energia Boa’, que prevê a construção de seis novas subestações e 225,5 quilômetros de linhas de transmissão. De acordo com o governo, o programa pode destravar R$ 3 bilhões em investimentos privados em renováveis.
Para implementar os projetos de infraestrutura, o governo catarinense planeja injetar R$ 572 milhões na realização de obras nos municípios de Lages, Painel, Campo Belo, Urubici, Matos Costa e Rio do Campo. A Celesc, por atribuição regulatória, será responsável pela execução das obras.
Segundo o governo, na região do Planalto Serrano, que tem atualmente o maior potencial hídrico do estado, devem ser construídos mais de 300 MW de potência instalada em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e centrais geradoras hidrelétricas (CGHs). A expectativa é gerar cerca de 19 mil empregos ao longo dos 36 meses de implementação.
“As projeções nos mostram que serão R$ 290 milhões em impostos municipais, estaduais e federais em 36 meses, a partir da realização das obras. Ou seja, o governo do estado investe agora, incentiva o desenvolvimento de toda a região e cria também receitas para os cofres públicos, porque os recursos voltarão para o caixa estadual em um prazo relativamente curto”, afirmou o secretário de estado da Fazenda, Cleverson Siewert.
O governo também estima a possibilidade de investimentos futuros em fontes de energia eólica, solar fotovoltaica e biomassa no local.
“Ao melhorarmos a infraestrutura no Planalto Serrano, aumentamos também a rede de energia elétrica trifásica para a região. Este projeto será um divisor de águas porque irá movimentar toda a economia da região”, disse o governador Jorginho Mello (PL-SC).
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Programa ‘Energia Boa’
A ação foi desenvolvida em conjunto com a Celesc, com a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF/SC) e com a Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (SICOS), que será responsável pela coordenação do programa.
O ‘Energia Boa’ também conta com o apoio da Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina (Apesc), entidade sem fins lucrativos que une mais de 100 empresas produtoras de energia.
Um comitê multidisciplinar será criado para fazer a seleção dos projetos e supervisão de todo o programa.
As diretrizes estabelecidas pelo equipe incluem a colaboração entre entes públicos e privados, a simplificação dos processos para aprovação de projetos energéticos e a concessão de incentivos fiscais. Além disso, serão criados mecanismos para priorizar e facilitar a tramitação de processos relacionados a projetos de eficiência energética e geração de energia renovável.
