O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou na última semana a versão inicial do Portal de Acompanhamento dos Sistemas Isolados (PASI), plataforma de centralização dos dados de planejamento dos sistemas, conforme informações enviadas pelas distribuidoras que possuem sistemas isolados em sua área de concessão compilados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) durante as atividades do ciclo de planejamento dos Sistemas Isolados.
Segundo o secretário de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, a plataforma, que tem o objetivo de automatizar e agilizar os processos de coleta, análise e divulgação dos dados de planejamento, dará maior transparência sobre os dados ao setor e à sociedade, divulgando dados de mercado, geográficos e econômicos de todos os sistemas isolados.
De acordo com o ministério, atualmente, cerca de 3 milhões de pessoas vivem em áreas que ainda não foram conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e são atendidas por sistemas térmicos para fornecimento de energia elétrica. A ferramenta contará com informações como a quantidade de unidades consumidoras atendidas, o perfil de consumo de cada sistema isolado por ciclo de planejamento, que tem previsão de diminuir as interligações ao longo dos próximos anos, a carga total e os dados de perdas
O portal permitirá, ainda, visualizar o início de execução do mecanismo da Livre Proposta de Interesse (LPI), que também integra o Programa Energias da Amazônia e permitirá indicações de propostas por empreendedores interessados, para a expansão, substituição da oferta de energia elétrica existente ou complementaridade com soluções de suprimento de menor custo global, inclusive sistemas de armazenamento ou outras medidas que possibilitem a redução do dispêndio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
“A ferramenta mostra o retrato real dos sistemas isolados da Amazônia Legal e servirá como orientador para as próximas ações do ministério. Com as informações públicas, damos transparência aos dados. Além de ser possível ver os impactos que os sistemas isolados trazem para o sistema energético brasileiro e como esse cenário irá mudar ao longo dos próximos anos com as políticas públicas que estão sendo desenvolvidas pelo MME e o Governo Federal”, destaca Alexandre Silveira, ministro da pasta.
As próximas fases do projeto, já em desenvolvimento, envolverão a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com entregas previstas ainda no ano de 2024.