O teste para verificar a viabilidade de importação de energia da Venezuela encerrou dentro das 96 horas ininterruptas anunciadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em 13 de janeiro. Contudo, o operador disse que “há necessidade da complementação de informações e análises para a efetiva conclusão de viabilidade”.
Os testes foram realizados na interligação do Sistema Isolado de Roraima com a Venezuela, por meio da linha de transmissão 230 kV Boa Vista/Santa Elena, entre os dias 13 e 17 de janeiro. Reuniões entre as equipes do ONS e da Corpoelec, estatal de energia venezuelana, também foram realizadas para tratar da viabilidade.
No período, o ONS analisou a viabilidade técnica de importação de energia do sistema venezuelano para o Sistema Isolado de Roraima, cujos benefícios esperados são a redução dos custos de operação e a elevação da segurança e da confiabilidade do atendimento aos consumidores de Roraima.
A intervenção de teste foi iniciada às 08h32 de 13 de janeiro e a linha de transmissão 230 kV Boa Vista/Santa Elena foi ligada às 09h37, interligando sincronamente os dois sistemas. A avaliação foi encerrada às 09h59 de 17 de janeiro.
Para avaliação do desempenho da interligação durante o teste, o ONS adotou parâmetros específicos de qualidade de frequência e tensão em regime permanente, além de ter realizado a avaliação dinâmica das perturbações observadas.
A infraestrutura deixou de ser usada em 2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro encerrou a importação da energia do país vizinho.
Bolt participou do teste
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) deliberou que a Bolt Energy realizaria os testes importação de energia. A Bolt foi uma das primeiras empresas a solicitar e receber o aval para operar a importação, junto da Tradener e alguns meses depois da Âmbar, a primeira a iniciar as tratativas com a Venezuela. Posteriormente, saíram mais autorizações, incluindo Eneva e Matrix.