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Preços de energia no Norte e Nordeste devem ficar descolados até 2022, mostra estudo

Preços de energia no Norte e Nordeste devem ficar descolados até 2022, mostra estudo

Os preços de energia dos submercados Norte e Nordeste podem ficar descolados do restante do Sistema Interligado Nacional (SIN) até 2022, por conta do atingimento dos limites de exportação, segundo a análise de Juliana Chade, gerente de Preços e Estudos de Mercado da MegaWhat.

A especialista participou de um MegaWebinar nessa segunda-feira, 22, no qual apresentou o estudo Limites de Intercâmbio, publicado pela MegaWhat Consultoria e que trata do tema. Segundo Chade, isso não significa que os preços ficarão deslocados durante todo o período, mas que existe a possibilidade dadas às limitações na transmissão com os outros submercados. 

No Nordeste, segundo o estudo, os limites de exportação prevalecem em praticamente todos os cenários de geração até meados de 2022, quando entra em operação um aumento de capacidade de escoamento. “Vemos tendência de preços mais baixos no segundo semestre no Nordeste até 2020”, disse Chade.

Segundo a especialista, depois disso, as chances fica muito mais baixas, e só haveria atingimento dos limites de exportação em cenários de geração de 100% da capacidade de térmicas, hidrelétricas e usinas não simuladas.

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No Norte, o cenário de descolamento de preços vai até mais longe: fevereiro de 2023. Em todos os cenários de geração considerados pelo estudo, mais ou menos otimistas, os limites de exportação do submercado são atingidos até essa data.

“Temos tendência de bater no limite no Norte até fevereiro de 2023. Depois, aumenta o limite e a chance seria muito menor”, disse Chade. Com a entrada do escoamento em operação, só haveria descolamento de preços nos cenários em que a geração hídrica fique acima de 90% da sua capacidade.

O estudo também analisou o submercado Sul, cujas chances de ultrapassar os limites de exportação são menores e vão até novembro de 2021. A partir dessa data, apenas o cenário de geração de 100% das hidrelétricas da região levaria ao descolamento dos preços por exportação.

Texto atualizado às 16h30 do dia 24/06/2020 para refletir melhor as possibilidades citadas no estudo.

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