A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) confirmou participação no leilão de transmissão, marcado para 31 de outubro deste ano. Em teleconferência de resultados nesta quinta-feira, 14 de agosto, Mauricio Dall’Agnese, diretor de Negócios da transmissora, afirmou que o foco da participação é ter uma adequada gestão de riscos e retorno adequado ao capital.
“É fácil verificar que a companhia tem tido um bom histórico de crescimento, tanto através dos leilões de transmissão e, eu diria, especialmente nos últimos anos, nós estamos impulsionando bastante os reforços e melhorias. Então, desse ponto de vista, sim, nós estamos estudando e nos preparando para participar desse próximo leilão de transmissão”, disse Dall’Agnesse.
A empresa aguarda a publicação do edital do certame com as diretrizes técnicas e econômicas para concluir o estudo de diligência dos projetos. Somente após o edital, a Taesa deve conseguir identificar os projetos que tenham um perfil de risco adequado e se preparar para os planos de negócios.
“O foco da nossa participação nos leilões sempre é ter uma adequada gestão dos riscos, ter um retorno adequado para o nosso capital e atuar dentro da nossa perspectiva de capacidade financeira”, completou o diretor de Negócios da Taesa.
Concessão de ativos da empresa
Com a concessão de ativos vencendo nos próximos anos, o diretor-presidente da Taesa, Rinaldo Pecchio, comentou que há um interesse em renovação de contrato, mas que dependerá de condições financeiras. Segundo o executivo, a empresa calcula R$ 3 bilhões em indenização pelos ativos.
“Nossa visão, e pelos contratos que a gente tem entendimento de como eles foram feitos, ao final das concessões nós teremos direito a indenizações sobre os valores residuais”, disse Pecchio.
O diretor-presidente da Taesa ressaltou que a empresa tem bastante embasamento, até jurídico, para ter a perspectiva de indenização ao final das concessões. “Não é que ao final da concessão eu simplesmente vou deixar de ter a RAP e não ter direito. Tem questões específicas e talvez até nas discussões (…) tem períodos diferentes onde essa regra vale, anteriores a determinada época quando eu tenho essa indenização bem definida, e quando a gente passa a não ter”, explicou.
Questionado sobre a possibilidade de levar a Taesa a um novo rumo no mercado, Pecchio respondeu que “por hoje, não há planos. Estamos tendo êxito no mercado de capitais e um bom resultado em relação ao cumprimento da legislação”.
Resultados financeiros
O lucro líquido regulatório da transmissora somou R$ 299,4 milhões no segundo trimestre de 2025, alta de 1,8% na comparação com o mesmo período de 2024, que era de R$294 milhões.
O Ebitda (lucro antes de desconto de juros, impostos, amortização e depreciação), contou com um acréscimo de 3,4% em comparação com o segundo semestre do último ano. Em valores consolidados, superou a marca de R$ 503 milhões.
A Receita Anual Permitida (RAP) da transmissora no atual período, 2025-2026, é de R$ 4,4 bilhões. No ano anterior, 2024-2025, esse mesmo valor era de R$ 3,6 bilhões.