Sistema Interligado Nacional (SIN)

 

O que é: o Sistema Interligado Nacional (SIN) é o conjunto de instalações de usinas, linhas de transmissão, subestações e redes de distribuição que formam um único sistema integrado eletricamente. Ele abrange a grande maioria do território brasileiro: todas as regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste e boa parte do Norte do país.


Como funciona: o SIN é dividido em quatro grandes subsistemas (Sudeste/Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sul), também conhecidos como submercados, e é operado sob coordenação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), por meio de quatro centros regionais e um principal, localizado em Brasília.


Histórico: a história do SIN se confunde com a formação e consolidação do sistema elétrico brasileiro, mas pode-se considerar que a atual configuração da rede elétrica brasileira teve “início” a partir da década de 60, com a criação da Eletrobras e com os estudos do Consórcio Canambra, que resultaram no surgimento de linhas de transmissão inter-regionais e interestaduais, além da implantação de grandes hidrelétricas.

A coordenação integrada da rede elétrica nacional começou a ter a atual formação em 1969, com a criação do Comitê Coordenador da Operação Interligada (CCOI), do Centro-Sul, seguido, em 1970, pela criação do CCOI da região Sul.

A implantação da hidrelétrica de Itaipu Binacional obrigou o país a estabelecer grupos coordenadores de operação, que se consolidaram em um só, conduzido pela Eletrobras até 1998, quando a reforma do setor elétrico a partir do Projeto Re-Seb viabilizou a criação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

É bom saber também: o planejamento da expansão da transmissão e da geração de energia elétrica está a cargo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a partir da elaboração de planos de longo prazo, como o Plano Decenal de Expansão da Energia (PDE) e o Plano Nacional de Energia. A partir de articulações com o ONS, a EPE produz o Programa de Expansão da Transmissão (PET) / Plano de Expansão de Longo Prazo (PELP).

A região Norte era praticamente isolada do restante do país até 2010, quando entraram em operação as primeiras integrações com o SIN. Entre as principais iniciativas estão as interconexões Acre-Rondônia e Tucuruí-Manaus-Macapá – esta, finalizada em 2015, conectou grande parte do Norte do país, deixando de fora apenas localidades onde o custo da conexão era considerado inviável.

Também entraram em operação ao longo da década de 2010 as linhas de transmissão em corrente contínua das usinas do Rio Madeira e de Belo Monte. Apenas o estado de Roraima não está integrado à rede elétrica nacional.

Alguns números do SIN disponibilizados pelo ONS, indicam que a capacidade instalada total do país, em dezembro de 2022, era de 180.348 MW, sendo que a potência total da geração hídrica era de 109.189 MW de capacidade instalada, representando 60,5% do total em operação.

Térmicas a biomassa somavam 15.214 MW (8,4%), usinas a gás totalizavam 16.505 MW (9,2% do total), enquanto eólicas somavam 23.162 MW (12,8%);

térmicas a óleo, 4.199 MW (2,3%); térmicas a carvão, 3.017 MW (1,7%); nucleares, 1.990 MW (1,1%) e solares fotovoltaicas com 6.917 MW, ou 3,8% do parque gerador nacional.

Na transmissão, a malha de Rede Básica, acima de 230kV, totalizava 175.013 km de rede, sendo a maioria em tensão de 230 kV e 500kV, com 64.927 km, e 68.105km, respectivamente.