Gás Natural Veicular (GNV)

O que é: combustível automotivo de gás natural, disponibilizado na forma gasosa como gás natural comprimido (GNC) ou como gás natural liquefeito (GNL). Em um veículo movido a gás natural, a energia é liberada pela combustão de combustível essencialmente de gás metano (CH4) com oxigênio (O2) do ar para CO2 e vapor de água (H2O) em um motor de combustão interna. O metano é o hidrocarboneto de combustão mais limpa e muitos contaminantes presentes no gás natural nos reservatórios são removidos no tratamento do energético nas Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs).

Como funciona: de acordo com o artigo 23 da Resolução ANP 41/2013, o revendedor varejista de GNV se obriga a disponibilizar o produto ao consumidor final a uma pressão máxima de abastecimento de 220 Kgf/cm² (equivalente a 215,7 bar ou 21,57 MPa ou 3129,4 psi), sendo essa pressão é definida com vistas à segurança do consumidor.

Após sua extração, o gás natural é enviado por gasodutos para as UPGNs, obtendo-se o gás seco, livre de impurezas. Das UPGNs, o GNV é transportado por gasodutos e/ou rede de gás das distribuidoras de gás até os postos de abastecimento. Embora exista tecnologia para o transporte de longa distância por outros meios, como caminhões feixes, devido aos custos elevados de compressão e transporte, sua utilização ocorre com mais frequência nas áreas mais densas e próximas aos gasodutos.

Nos veículos, o GNV é armazenado em cilindros especiais de aço, em geral adaptados ao porta-malas de um carro, por exemplo. Existem algumas vantagens do GNV sobre outros combustíveis automotivos:

  • Mais econômico: tem a melhor relação de custo por energia fornecida.
  • Menor custo de manutenção e menor necessidade de limpeza do sistema de combustão.
  • Menos emissão de poluentes.
  • Mais facilidade na regulagem do processo operacional e mais eficiência no processo de queima.

Por outro lado, a menor densidade de energia do GNV em relação a combustíveis líquidos e a necessidade de um cilindro especial como tanque de combustível são desvantagens, em razão desta necessidade de um tanque mais pesado e espaçoso. Além disso, o uso do GNV requer mais cuidado, devendo ser observado uma série de normas obrigatórias na instalação e manutenção do equipamento e no abastecimento.

Histórico: o uso de gás natural como combustível para veículos foi introduzido pela primeira vez no final do século XIX, com o primeiro veículo a gás natural comprimido patenteado nos EUA. Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, o gás natural comprimido (GNC) foi adotado como fonte primária de combustível pela Itália, bem como por outros países europeus. Na nossa década, o número aumentou para mais de 15 milhões de veículos usando GNV globalmente.

No Brasil, ocorreu uma corrida na distribuição de GNC aos postos que envolvia também a modificação de todos os utensílios domésticos e dos motores a gasolina e a álcool que poderiam trabalhar com gás. Para incentivar o consumo, o governo federal elevou os impostos dos veículos que usavam combustível líquido, ao mesmo tempo em que diminuía o imposto para os veículos adaptados para GNV. No entanto, devido a uma crise na Bolívia em 2007, a partir do decreto de nacionalização da exploração de hidrocarbonetos realizada por Evo Morales, houve uma redução no crescimento que levou o uso do GNC como combustível veicular no Brasil a estagnação.

É bom saber:  a autonomia de um veículo a GNV é determinada pelo tamanho do cilindro, onde é armazenado o gás dentro do automóvel. Com um cilindro de 16 m³ um automóvel a GNV pode rodar aproximadamente 200 km.

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