O que é: é uma das principais bacias sedimentares terrestres do Brasil, com cerca de 11 mil quilômetros quadrados de área. É uma bacia madura, extensamente explorada e que dispõe de completa infraestrutura para exploração e produção de petróleo e gás natural. Ela se localiza em uma faixa na porção Leste do Estado da Bahia e apresenta uma orientação Sudoeste-Nordeste, sendo os seus limites estabelecidos a norte e noroeste com a Bacia de Tucano, pelo Alto de Aporá; ao sul com a Bacia de Camamu, pelo sistema de falhas da Barra; a leste, pelo sistema de falhas de Salvador; e a oeste pela Falha de Maragogipe.
Como funciona: Atualmente a bacia conta com quase 2 mil poços produzindo petróleo e gás natural distribuídos com 106 campos descobertos, sendo 89 em fase de produção, 17 em fase de desenvolvimento, seis em acumulações marginais, e seis em devolução. A bacia possui 126 milhões de barris de reservas provadas, de acordo com os dados de dezembro de 2018. No mês de dezembro de 2018, a produção de petróleo na Bacia do Recôncavo foi da ordem de 29 mil barris por dia (b/d) e a produção diária de gás natural da ordem de 2 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d).
Histórico: A Bacia Sedimentar do Recôncavo é citada em estudos desde a primeira metade do século XIX. O início da exploração de petróleo no Brasil é datado de 1937 sob a competência do Conselho Nacional do Petróleo (CNP). Em janeiro de 1939 ocorre a descoberta da primeira acumulação significativa de petróleo, na localidade de Lobato, no Recôncavo Baiano. Essa primeira fase exploratória, sob a condução do CNP, se estendeu e consolidou importantes descobertas tais como os campos de Candeias (1941), Aratu e Itaparica (1942), Dom João (1947) e Água Grande (1952).
Entre 1954 e 1997 a exploração e produção da bacia passou a ser monopólio da Petrobras, período em que cerca de uma centena de novas acumulações foram incorporadas às descobertas já realizadas.
No final dos anos 1990 a redução na exploração da bacia era acompanhada de um forte declínio da produção, quando houve então a quebra do monopólio da Petrobras e a implantação de uma Agência Reguladora no setor petrolífero, a ANP (Lei n° 9.478/97). Surgiu um ambiente de competitividade na Bacia do Recôncavo, responsável por atrair investimentos exploratórios de pequenas e médias empresas, o que acarretou na retomada crescente nas descobertas de acumulações de hidrocarbonetos na região.
É bom saber também: A bacia ainda possui potencial petrolífero remanescente mesmo em áreas intensamente exploradas, além de possibilidades de descobertas em regiões menos exploradas.