O que é: termo utilizado no setor de óleo e gás para representar as atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural, além do transporte até as refinarias, no caso do petróleo, ou UPGNs, no caso do gás natural.
Como funciona: a primeira fase consiste na prospecção de locais que têm potencial de conter petróleo. São necessários testes geológicos e sísmicos para inferir a possibilidade de existência de petróleo na região. O primeiro tem como objetivo um mapeamento completo do local, como uma radiografia. O outro consiste em tremores provocados para tentar prever a composição mineral da região. Apesar das técnicas empregadas, o resultado do processo é uma análise probabilística de potencial da região, não havendo garantia de sucesso na exploração.
Após analisar os riscos técnicos e econômicos de explorar a região, a empresa avalia um novo investimento para a etapa de exploração, onde inicia a extração de petróleo. Existem riscos associados à não obtenção do volume previsto anteriormente, o que pode inviabilizar economicamente o projeto. Caso decida-se que a extração e a produção são técnica e economicamente viáveis, instala-se a estrutura fixa que será capaz de extrair e processar o óleo contido nos poços para ser vendido às refinarias.
As reservas podem ser exploradas em terra (onshore) ou em mar (offshore), com destaque para as reservas offshore do pré-sal, descobertas em 2007 no Brasil. Junto com o petróleo, extrai-se o gás natural chamado de associado. Existem campos em que há extração somente de gás natural, chamado de não-associado, que correspondem à menor parte da produção brasileira.
É bom saber também: a etapa de upstream é a de maior margem de retorno em toda a cadeia, com potencial de grandes lucros para as empresas que atuam. Ao mesmo tempo, é a fase de maior risco técnico e econômico, com necessidade de grandes investimentos e imobilização de ativos.