A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima um reajuste tarifário médio de 18% no país neste ano, refletindo as crises dos últimos três anos, e seus impactos sobre o dólar e a inflação.
Os problemas do setor elétrico brasileiro, contudo, vão além dos conjunturais, mostrou a PSR no Energy Report de maio, que defende ser “imprescindível” revisitar o modelo setorial para reduzir o peso de “heranças malditas” que pesam sobre as tarifas.
“Na verdade, eles são muito mais estruturais, principalmente porque as tarifas carregam inúmeros benefícios destinados a setores específicos, subsídios esses que vêm elevando cada vez mais os encargos repassados aos consumidores finais, principalmente aqueles de menor porte. São ‘bens localizados gerando um grande mal distribuído’, como costuma firmar a associação ligada aos grandes consumidores”, diz o Energy Report.
As faturas de 2022 refletem, entre várias questões, a necessidade de cobertura dos custos do leilão emergencial de outubro do ano passado, a retirada de componentes financeiros negativos que ajudaram a atenuar os reajustes tarifários de 2021, e o aumento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em função da elevação nos subsídios por ela cobertos.
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Os tributos representam ainda uma “fatia maior da pizza” dos custos da tarifa de energia, de acordo com a PSR. Cerca de 30% das tarifas são abocanhadas por tributos, que ficam maiores cada vez que os outros elementos também sobem.
Em mais um MegaWebinar realizado em parceria entre a PSR e a MegaWhat, os especialistas da PSR vão discutir as distorções das tarifas e falar sobre as perspectivas de mudanças, que envolvem as alterações propostas no âmbito da modernização do setor elétrico e o fim do serviço da dívida em dólar de Itaipu, em 2023.
Mediado pela jornalista da MegaWhat Camila Maia, o webinar contará com a participação de Angela Gomes e Mateus Cavaliere, consultores da PSR.
Assista ao vivo e participe:
