A crise do coronavírus, que começou na China e se espalhou por todo o mundo até ser classificada como pandemia pela Organização das Nações Unidas (ONU), pode atrasar a construção de projetos de geração distribuída solar fotovoltaica, disse Carlos Emanuel Baptista Andrade, vice-presidente de estratégia e desenvolvimento de negócios da companhia.
O executivo participou hoje (12 de março) da inauguração de um projeto de 6,5 MWp em Porteirinha (MG) construído mediante um contrato com o Banco do Brasil. Dos R$ 28 milhões investidos na planta, cerca de 50% a 60% dos componentes são dolarizados.
“Por isso é importante ter uma estratégia de proteção cambial, fazemos isso em vários projetos”, disse Andrade.
Se o câmbio não afeta a EDP, o atraso da importação de equipamentos da China pode ser um obstáculo. “Estamos em contato direto com fornecedores na China. A crise afetou, sim, a importação. Mas, como temos visto nas notícias, a contaminação está reduzindo e a produção está voltando”, disse.
No Brasil, por sua vez, a crise do coronavírus está no começo, o que pode atrasar o transporte dos equipamentos importados pelo país, por exemplo. “Mas aí, o que podemos ter é atraso. Do lado do fornecimento, o que preocupava era não ter os equipamentos. Quando ele chega no Brasil, pode até atrasar, mas o cliente sabe que você vai instalar. É um problema menor”, disse o executivo.
*A repórter viajou a convite da EDP Brasil