O Ministério de Minas e Energia (MME) está estudando os termos de uma minuta de medida provisória (MP) para aliviar as despesas da população de baixa renda com as tarifas de energia elétrica durante três meses, por causa da pandemia de covid-19, que reduziu a atividade econômica no país.
Nessa tarefa, o MME conta com o apoio do senador Marcos Rogério (DEM-RO). A estimativa de custo é de R$ 1 bilhão. A informação foi antecipada pelo serviço de notícias do site Infra iNFRAEnergia na última sexta-feira (20/03) e publicada ontem pela Agência Infra.
A esse respeito, a agência ouviu o titular da pasta, ministro Bento Albuquerque (diagnosticado com covid-19 na semana passada). Ele ressaltou que a iniciativa ainda precisa ser discutida em outras esferas do governo. “Ainda não há definição a respeito. Mas medidas para o setor como um todo estão sendo pensadas”, afirmou o ministro.
“No momento em que os brasileiros ficam em isolamento doméstico, o consumo doméstico de energia aumenta e a renda cai. Assim, precisamos criar mecanismos para aliviar a conta do consumidor mais carente”, afirmou o senador Marcos Rogério, que preside da Comissão de Infraestrutura do Senado.
De acordo com o texto em elaboração, os investimentos obrigatórios das companhias em pesquisa e desenvolvimento (P&D) custeariam as tarifas de quem consome até 220 kWh. Estima-se que 8,3 milhões de unidades consumidoras seriam alcançadas pela medida – aproximadamente 10% do total. A minuta do projeto está disponível neste link.
Petrobras desembolsa linhas de crédito compromissadas
A Petrobras solicitou aos bancos o desembolso de suas linhas de crédito compromissadas (Revolving Credit Lines), no montante de cerca de US$ 8 bilhões. De acordo com informações publicadas pela Agência Petrobras, o desembolso é consistente com a estratégia de reforçar a liquidez da companhia, a fim de se resguardar dentro do contexto atual de crise, em função da pandemia do novo coronavírus (convid-19) e do choque de preços do petróleo.
A companhia está avaliando outras medidas que reforcem ainda mais seu fluxo de caixa, como a redução adicional de custos e otimizações de seu capital de giro.
Defesa Civil alerta para chuvas de até 10 mm em BH
A Defesa Civil de Belo Horizonte emitiu ontem (21/03) alerta de chuvas fortes, com possibilidade de ocorrência de raios isolados e rajadas de vento ocasionais em torno de 50km/h, ainda neste domingo (22/03). Segundo o órgão, a previsão é de 70 a 100 mm de chuva neste período. O total de chuva em março na capital mineira já supera a média para o mês. (Fonte: portal R7)
PANORAMA DA MÍDIA
A Folha de S. Paulo traz hoje (22/03) o resultado de pesquisa do Datafolha realizada na semana passada: a maioria dos entrevistados diz concordar com ações severas para conter o contágio pelo coronavírus (covid-19).
O resultado mostra que 92% dos entrevistados concordam com a suspensão de aulas, 94% aprovam a proibição de viagens internacionais e 91% são favoráveis à interrupção nos campeonatos de futebol do país. O fechamento de fronteiras é apoiado por 92%.
O encerramento do comércio, em vigor em várias cidades, divide opiniões: 46% são a favor, 33% são contra e 21%, aprovam parcialmente. A suspensão de celebrações religiosas é aprovada por 82%. Já a quarentena temporária, ou seja, o isolamento forçado em casa, tem o apoio de 73%, ante 24% que a rejeitam e 2% que se dizem indiferentes. A pesquisa, feita por telefone, ouviu 1.558 pessoas e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos,
A Folha de S. Paulo traz ainda, em primeira página, editorial com o título “Solidários venceremos”. Diz o texto: “Mudar os hábitos, delegar poderes limitada e temporariamente maiores às autoridades, entregar-se a jornadas extenuantes e arriscadas como têm feito os profissionais da saúde e reduzir a atividade produtiva resultará plenamente recompensador se, ao final dessa dolorosa estrada, muitos brasileiros houverem sido poupados da morte e da miséria.”
O jornal O Globo destaca a urgência, para o Brasil, de obter respiradores para pacientes graves. A reportagem ressalta o fato de a corrida dos governos estaduais e do Ministério da Saúde para aumentar a disponibilidade de leitos de UTIs ter obstáculos adicionais, já enfrentados por países com aumento exponencial de infecções: conseguir, em tempo recorde, os insumos e equipamentos necessários para o atendimento, principalmente ventiladores mecânicos.
No país, há 65 mil ventiladores, segundo dados do Ministério da Saúde, o que equivale a três equipamentos para cada dez mil habitantes. Desse total, 46,6 mil estão no SUS. A distribuição não é homogênea: o Distrito Federal e estados das regiões Sudeste e Sul – que concentram o maior número de casos contam com uma proporção de respiradores acima da média nacional.
O jornal O Estado de S. Paulo preparou uma reportagem especial sobre como trabalhar bem em casa, voltada para os profissionais que estão em regime de trabalho remoto.