O Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Secretaria-Geral da Presidência da República assinaram quarta-feira (29/04), memorando de entendimentos para o cumprimento das metas estabelecidas no Plano de Modernização do Ambiente de Negócios (PMA).
O portal Energia Hoje explica que o plano, relativo ao indicador “Obtenção de Eletricidade”, é um dos dez indicadores do ranking “Doing Business”, do Banco Mundial, que classifica a facilidade que cada país oferece para se fazer negócios e configura termômetro da capacidade de atrair investimentos.
O objetivo dos signatários é melhorar a prestação do serviço, atingindo pontuação de 90,8 no indicador, até o final de 2022. O indicador considera os procedimentos adotados em cada país, o custo (% da renda per capita), a confiabilidade do suprimento e a transparência das tarifas. No quesito, o Brasil ocupa a 98ª posição entre 187 países. No ranking geral, o país está em 124º.
Petrobras revisa métricas de topo de endividamento
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a revisão da métrica de topo de endividamento, que consta no Plano Estratégico 2020-2024 e que substitui o indicador de dívida líquida / Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pelo indicador de dívida bruta.
A Agência Petrobras informa que a meta aprovada de dívida bruta para 2020 é de US$ 87 bilhões, mesmo patamar de fechamento de 2019, devido à atual adversidade no cenário global, em função dos impactos decorrentes da pandemia de covid-19 e do choque de preços do petróleo. A companhia continua focada na redução da dívida bruta para US$ 60 bilhões.
Segundo a estatal, a revisão da métrica considerou a alta volatilidade do indicador dívida líquida / Ebitda, sensível à flutuação do Brent (referência para o preço do petróleo no Brasil). A revisão considerou, também, o foco da administração da companhia na redução de sua dívida total.
Covid-19: Enel muda tudo
A revista IstoÉ Dinheiro traz uma reportagem sobre medidas adotadas pela Enel Brasil para garantir a continuidade das operações da empresa durante a pandemia do coronavírus. Cerca de 7,5 mil funcionários foram deslocados para trabalho remoto. Para isso, a Enel integrou em home-office sistemas que anteriormente só funcionavam nos escritórios da empresa e fechou as portas de mais de 530 lojas físicas.
“Mudamos tudo internamente. Aceleramos vários processos de digitalização dentro da companhia para permitir que o trabalho pudesse ser realizado à distância, colocando sempre como prioridade a saúde dos funcionários e clientes”, afirmou Nicola Cotugno, presidente da Enel Brasil.
A empresa reforçou, principalmente, as estruturas de atendimento nos canais digitais, como call center, SMS e aplicativo. Também lançou recomendações para que os clientes optassem pelo recebimento da fatura por e-mail e pelo pagamento por meios digitais.
Outra medida adotada em São Paulo e Goiás, para o período da pandemia, foi a autoleitura – o próprio cliente pode ler o seu medidor e informar o valor à Enel para o envio da fatura, o que ajudou a resolver a dificuldade de acesso aos pequenos comércios que estão fechados. A opção também estará disponível para os clientes do Ceará e Rio de Janeiro. A Enel Brasil mantém operações nesses quatro estados.
Segundo Nicola Cotugno, apesar das dificuldades da economia, a empresa tem conseguido manter a saúde financeira de seus negócios no país. No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, a principal empresa do grupo no Brasil, a Enel Distribuição São Paulo, contabilizou receita bruta de R$ 5,8 bilhões, de acordo com balanço divulgado ontem (30/04).
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Estado de S. Paulo destaca, em sua edição de hoje (01/05), a defesa feita ontem pelo ministro da Saúde, Nelson Teich, da ampliação de medidas de isolamento social em São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas, como resposta ao aumento de contaminações pela covid-19. O ministro ainda admitiu que o Brasil pode vir a registrar cerca de mil mortes por dia. Ontem foram 435. Teich considerou que flexibilizações já anunciadas correm o risco de ser canceladas.
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Na mesma linha de abordagem do tema, o jornal O Globo informa que a tendência de registro de novos casos e mortes da covid-19 parece estar seguindo à risca, no Brasil, a estimativa de cientistas de que as oscilações no nível de adesão à quarentena demoram duas semanas a serem sentidas.
Quando a mobilidade de pessoas atingiu o mínimo da tendência no país, em 24 de março, a epidemia esboçou desaceleração 15 dias depois, mostra levantamento feito pelo Globo. Naquele dia, a procura por transporte público caiu 69% em relação a janeiro, segundo dados do Google com base em celulares rastreados.
Mas o isolamento social dos que podem ficar em casa, feito para reduzir o contato entre as pessoas e desacelerar a disseminação da doença, começou a se reduzir em força depois disso e perdeu um quinto da adesão até 17 de abril. Ontem, 13 dias depois do relaxamento, o número de casos engatou tendência de alta pelo quarto dia seguido, com 7.218 novos casos notificados num único dia, o recorde até agora, além de 435 mortes. O país tem agora 85.380 casos confirmados e 5.901 óbitos (dados de ontem).
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O principal destaque da edição de hoje (01/05) da Folha de S. Paulo é o clima de tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF), depois de o ministro Alexandre de Moraes ter acatado pedido para impedir a nomeação de Alexandre Ramagem ao cargo de diretor-geral da Polícia Federal. Ramagem foi indicado pelo presidente Bolsonaro. A Folha destaca, ainda, que o plenário do STF derrubou ontem os efeitos de uma medida provisória do presidente, que restringia o acesso à informação.
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A revista Veja, que chegou às bancas nesta sexta-feira (01/04), traz uma entrevista exclusiva do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, em que ele afirma que irá apresentar ao Supremo Tribunal Federal, provas das acusações que fez contra o presidente Jair Bolsonaro, de tentar ter acesso a dados sigilosos de investigações em curso na Polícia Federal. Sérgio Moro disse à Veja que é vítima de intimidação e que o presidente Bolsonaro nunca priorizou o combate à corrupção.