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PMO: Mudança na vazão de Belo Monte pode exigir revisões na operação em fevereiro

PMO: Mudança na vazão de Belo Monte pode exigir revisões na operação em fevereiro

Na reunião do Programa Mensal da Operação (PMO) realizada nesta quinta-feira, 28 de janeiro, o Operador Nacional do Sistema (ONS) reforçou que uma alteração na vazão da hidrelétrica de Belo Monte ainda depende das decisões do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) frente à Norte Energia.

No entanto, caso ocorra, a mudança se dará por meio do Formulário de Solicitação de Atualização de Restrição Hidráulica (FSARH), entrando na operação durante o mês de fevereiro, nas revisões semanais do PMO.

A Norte Energia, responsável pelo empreendimento, alterou para 3.100 m³/s a nova defluência mínima no trecho da usina Pimental, casa de força complementar da hidrelétrica, após receber um ofício do Ibama com a orientação. A nova vazão de Pimental é superior à registrada nos primeiros dias de janeiro, na faixa de 1.100 a 1.200 m³/s, segundo informações de Belo Monte.

Levantamento da MegaWhat Consultoria mostrou que essa alteração elevaria os preços de energia em cerca de R$ 90/MWh na terceira semana operativa de janeiro, caso fosse considerada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

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Posicionamento do regulador

Na última quarta (27/01), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enviou ofício ao Ibama alertando sobre os impactos dessa decisão para o setor elétrico. Segundo o documento, a medida nos dois primeiros meses de 2021 poderia levar a um impacto de cerca de R$ 1,3 bilhão para os consumidores de energia elétrica.

O impacto acontece porque, com uma menor geração hidrelétrica, a diferença é compensada com o aumento da produção em termelétricas, que geram energia mais cara.

Ainda segundo a Aneel, a nova restrição impacta diretamente a operação dos reservatórios das demais hidrelétricas existentes no país, repercutindo no nível desses reservatórios ao final do atual período úmido e, por consequência, na capacidade de atendimento às demandas de usos múltiplos e de segurança energética do próprio Sistema Interligado Nacional (SIN) ao longo do próximo período seco.

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