Política Energética

MME prevê instalações de transmissão em leilões de 2021 e 2022 para segurança energética do Amapá

MME prevê instalações de transmissão em leilões de 2021 e 2022 para segurança energética do Amapá

O Ministério de Minas e Energia (MME) prevê a licitação de duas instalações de transmissão no Amapá para garantir a segurança energética do estado. Para o leilão previsto para dezembro de 2021, o governo vai colocar um lote com a subestação Macapá III e a linha de transmissão 230 kV Macapá – Macapá III, enquanto para junho de 2022 está prevista a linha de transmissão Laranjal do Jari – Macapá III.

As duas novas instalações foram apresentadas durante reunião do ministro Bento Albuquerque com a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 11 de maio. “Começamos a trabalhar em 2020 para que o que ocorreu no Amapá não volte a correr. É uma questão de planejamento e estamos preocupados com outras regiões do país, que possam ter fragilidade como demonstrou ter o estado”, disse Albuquerque.

A construção da subestação e a linha de transmissão Macapá – Macapá III C1, de 10 km, constam no edital colocado em consulta pública na semana passada. As duas novas instalações, incluindo linha a ser licitada em 2022, devem garantir a segurança energética para o estado e evitar que o apagão que afetou 13 dos 16 municípios do estado em novembro de 2020 se repita.

Na última semana, o ministério informou que encaminhou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) os relatórios técnicos preparados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para reforço e expansão do sistema de transmissão de energia do Amapá.

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Serão ainda feitas expansões na rede de distribuição para que o sistema da CEA, distribuidora de energia do Amapá, seja capaz de suprir o crescimento da demanda.

A Companhia do Estado do Amapá (CEA) é a última distribuidora a ser privatizada no país. A concessionária não tem conseguido manter os índices de qualidade no fornecimento de energia, no entanto, para não agravar ainda mais a sua situação financeira, a empresa não tem recebido multas da Aneel.

A BR Distribuidora responde pela maior parte das dívidas totais da CEA, da ordem de R$ 2,3 bilhões e a renegociação dessa dívida deve ser levada nesta terça para deliberação do conselho de administração da BR. Caso a renegociação seja aprovada, pode significar um caminho para a privatização da companhia elétrica.

Para entender o apagão que afetou o Amapá em novembro de 2020, acesse o FAQ: O que está acontecendo no Amapá?