A Alupar espera a Cemig definir a venda da sua participação na Taesa para verificar as alternativas para a Transmissoras Brasileiras de Energia (TBE), joint venture das duas empresas que tem 15 sociedades de propósito específico (SPEs) e teve uma receita operacoinal líquida de cerca de R$ 1 bilhão em 2020.
Pelo acordo de acionistas da TBE, a Alupar pode exercer o direito de preferência caso a Taesa venda sua participação para outro investidor – direito este que pode ser acionado se a Cemig vender sua fatia no bloco de controle da Taesa.
Na teleconferência sobre os resultados da Alupar no primeiro trimestre do ano, o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, José Luiz de Godoy Pereira, afirmou que a empresa pode exercer o direito de preferência, vender sua participação para o novo sócio, ou se manter como sócio do novo controlador da Taesa.
“A TBE é uma empresa saudável, gera vaixa, super redonda”, disse o executivo. Segundo ele, resolver esse impasse é algo “relativamente simples”, considerando os outros desafios que a Cemig tem na venda da Taesa, como definir se isso vai conferir tag along a todos os acionistas da transmissora ou não.
Questionado se há possibilidade de “descruzar” a TBE e fazer uma cisão dos ativos, Godoy Pereira lembrou que são muitos cnpjs diferentes e cada um com seu acordo de acionistas. “Há questões de financiamento, de covenants financeiro, fiscais e muitas outras que precisam ser bem avaliadas, no nosso lado e no lado deles”, disse.
O executivo disse ainda que a Alupar segue avaliando oportunidades para novos investimentos em transmissão e geração de energia. “Temos olhado M&A, greenfield. Vamos continuar olhando e tentar pegar as melhores oportunidades que aparecerem”, afirmou.
Saiba mais:
Cemig pretende vender Taesa em leilão na B3 até o fim de julho
Alupar tem lucro de R$ 509,6 milhões no 1º trimestre, alta de 52,8%