O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, decidiu abrir a segunda fase da consulta pública 109/2021, que trata de aprimoramentos analisados pela Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (Cpamp) nos modelos de preço de energia.
A primeira fase da consulta pública foi de 2 de junho a 2 de julho. A nova fase aberta hoje, 5 de julho, se encerra no próximo dia 12. As informações constam em portaria publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.
O objetivo das melhorias em discussão é ajustar os parâmetros de risco dos modelos para que os preços fiquem mais próximos da realidade.
Uma das alterações em discussão é no Vminop, sigla para volume mínimo operativo. Hoje, esse volume mínimo é considerado no Newave para todos os meses do ano. A Cpamp avalia aplicar o volume mínimo também no Decomp, que trata do planejamento no horizonte de curto prazo, nas próximas semanas.
Além disso, foram elevados os volumes mínimos operativos nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Norte e Nordeste, o que também implica em alta nos preços.
Uma das alterações discutidas na primeira fase da consulta pública, no no PAR(p), foi desconsiderada neste momento, mas continuará em estudo no ciclo 2021/2022. O PAR(p) é uma metodologia que considera melhor a memória hidrológica histórica do sistema dentro do modelo Newave, que trata do planejamento no horizonte de até cinco anos. Ele olha as afluências do passado para projetar as do futuro. A Cpamp analisava usar o histórico de 12 meses nas projeções de futuro, mudando o nome da metodologia para PAR(a), mas isso não vai mais acontecer neste ano.
Outro ponto em estudo se refere ao Cvar, que mede a aversão ao risco. A Cpamp avalia aumentar o peso nas afluências mais pessimistas do histórico.
(Atualizado em 05/07/2021, às 18h)