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Energisa descarta novo 'tarifaço' em 2022 como resultado da crise hídrica

Energisa descarta novo 'tarifaço' em 2022 como resultado da crise hídrica

A Energisa não espera um novo “tarifaço” em 2022, apesar dos custos diferidos neste ano e do preço alto a ser pago pelas medidas para mitigação da crise hídrica. Segundo Alexandre Nogueira Ferreira, diretor de assuntos regulatórios e estratégia da companhia, muitos desses efeitos devem ser minimizados pelo aumento do adicional das bandeiras tarifárias.

“A bandeira vermelha já teve um aumento em julho, deve ter novo aumento agora, para que a gente possa mitigar o carregamento de custos desse período crítico. Além disso, há outras ações, como por exemplo usar os créditos de ICMS”, disse Ferreira, durante teleconferência sobre os resultados da companhia no segundo trimestre do ano.

No fim de junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elevou o adicional cobrado na bandeira vermelha – patamar 2 em 52%, para R$ 9,492 para cada 100 KWh consumidos. Em seguida, abriu uma consulta pública ao longo do mês de julho para propor novo aumento, desta vez para R$ 11,50. 

Segundo Ferreira, há outras ações sendo estudadas para que os reajustes tarifários do próximo ano não sejam tão intensos.

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Ao mesmo tempo, a Energisa tem participado de discussões com o governo, por meio da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), sobre as medidas planejadas para incentivar a redução voluntária de consumo de energia.

“Fica difícil tecer considerações sobre elas sem informações concretas que ainda não foram divulgadas e que não temos aqui ainda”, disse Maurício Botelho, diretor financeiro e de relações com investidores da Energisa. Para o executivo, “talvez” seja necessário avaliar as experiências com as crises hídricas passadas e verificar quais medidas poderiam ser aplicadas hoje.

As discussões, por enquanto, estão ocorrendo no âmbito do MME, e não há muitos agentes envolvidos, disse Botelho. 

“Já pleiteamos na Abradee e esperamos que em breve tenhamos mais clareza sobre como isso pode ser feito. Entendemos que a situação hídrica é complicada, é crítica. Estão sendo acionadas várias medidas pelo lado do governo em relação à gestão dos reservatórios, mas sabemos também que precisa haver medidas do lado da demanda e do consumo”, disse o executivo.