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País precisa fazer "ESG à brasileira" e trazer pautas regionais e mais profundas, diz especialista

País precisa fazer "ESG à brasileira" e trazer pautas regionais e mais profundas, diz especialista

As práticas ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança corporativa), têm sido cada vez mais discutidas, principalmente em setores como o de energia, que têm grandes impactos socioambientais. No entanto, no Brasil, os processos ainda são muito norteados pelas experiências e práticas estrangeiras.

Segundo Fábio Alperowitch, executivo da Fama Investimentos, é preciso trazer para o Brasil “as reflexões de um ESG à brasileira, porque a maioria das questões são pautas importadas, e a gente tem que entender que isso são coisas geográficas (…) Muitas pessoas entendem ESG como um produto, não como um processo, então tem muitas questões a serem vistas, refletidas, que precisam ser mais regionais, menos transversais e mais profundas”.

Para o executivo, que participou de painel do Brazil Wind Power nesta quinta-feira, 11 de novembro, o mundo tem passado por três transformações que impactam a pauta ESG, sendo eles: a mudança do capitalismo para um sistema onde as decisões mais importantes são baseadas nos stakeholders; mudança geracional, cuja nova geração Z se importa com questões sociais e ambientais; e, por último, o senso de urgência, de que não há mais tempo para uma transição suave.

Partindo da experiência do setor de energia eólica, Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil, concordou sobre a importância das práticas ESG nos âmbitos socioeconômico e ambiental, reafirmando a inserção do setor eólico nessa agenda. Para ela, os projetos devem todos ser pensados de forma a incluir a sociedade no processo, buscando ter o máximo de impactos positivos e levando em conta as necessidades de cada comunidade.

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“Vemos o impacto quando falamos de ESG. Ficamos muito focados no lado ambiental, mas no lado social da energia eólica ela tem um impacto positivo nas comunidades. Temos hoje em dia investimento bastante grande em regiões mais pobres do país, então você traz um impacto positivo para a economia local, tem o benefício de coexistir com as comunidades, com a agricultura, com a pecuária. Sem dúvida tem muita coisa acontecendo e vai continuar acontecendo”, afirma Sadock.

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