Planejamento

PEN 2021-2025 estima sobras de potência no SIN ao considerar período úmido de 2022

PEN 2021-2025 estima sobras de potência no SIN ao considerar período úmido de 2022

O Plano da Operação Energética (PEN) 2021-2025 estima sobras de potência no Sistema Interligado Nacional (SIN) ao considerar o período úmido de 2022, em análise conjuntural determinística. As análises do PEN 2021, divulgadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), foram divididas em dois horizontes: conjuntural e estrutural. No primeiro, que corresponde ao ano de 2022, foram feitas análises conjunturais determinísticas e probabilísticas.

A análise conjuntural determinística aponta que, partindo de 15% de armazenamento inicial no Sudeste/Centro-Oeste ao final de outubro de 2021, o subsistema chega ao final do período úmido de 2022 com 30,7% de armazenamento (chuvas do biênio 2020/2021), e com 43,8% de armazenamento (chuvas do biênio 2017/2018).

Já a análise probabilística para o período seco de 2022, considerando despacho térmico na base, indica 29% dos cenários atingindo menos de 20% da energia armazenada máxima (EARmáx), em novembro de 2022 para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, considerando a partida com 30,7% ao final de abril de 2022. Já ao considerar 43,8% de partida, chega-se ao final do período seco com 1% dos cenários abaixo de 20% EARmáx.

Nesta conjuntura, e estimando um ano a frente, o planejamento da operação energética indica a probabilidade de uso da reserva operativa nos meses de outubro e novembro de 2022. Neste cenário, o Operador não considera a possibilidade de uso de recursos adicionais como flexibilizações de restrições operativas hidráulicas, importação de energia de países vizinhos e flexibilização de critérios de transmissão, que trariam maior conforto para a operação do sistema.

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As análises para o segundo horizonte, que compreende os três últimos anos, indicam, em relação ao atendimento aos requisitos de energia, um equilíbrio estrutural do SIN, de acordo com os critérios de suprimento de energia indicados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Entretanto, as avaliações preliminares apontam que para o cumprimento total dos critérios de suprimentos de potência recomendados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), serão necessárias ações para aumentar a oferta de potência. Dessa forma, o equilíbrio estrutural seria garantido.

O estudo ainda estima um crescimento médio da carga de energia de 3,4% ao ano, atingindo cerca de 80 GW médios em 2025, e representando um aumento de 14%, quando comparado a 2020. Na oferta, considerando como referência dezembro de 2020, estima-se um acréscimo de 20 GW de capacidade instalada, totalizando 186 GW ao final do período de planejamento.

O novo ciclo do PEN também avaliou dois cenários de sensibilidade para atendimento da carga. No primeiro, adotou-se como premissa a oferta de geração que considera a inclusão da mini e microgeração distribuída (MMGD) no montante de usinas não simuladas e na evolução da carga, indicando acréscimos de oferta no SIN que variam de 1.150 MW médios em 2021 a 2.700 MW médios em 2025.

O segundo cenário considera a descontratação de térmicas a gás natural, óleo diesel e óleo combustível que terão seus Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEAR) finalizados, ou em situação de possibilidade de perda de subsídios do Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) e término de vida útil, totalizando cerca de 9 GW de capacidade instalada ao final de 2025.

Os estudos conjunturais deste PEN, em conjunto com as análises da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), subsidiaram o Ministério de Minas e Energia na definição dos montantes contratados no Procedimento Competitivo Simplificado (PCS), ocorrido em 25 de outubro deste ano. Dessa forma, segundo o ONS, os resultados do PEN 2021 serão reavaliados considerando os resultados do PCS e serão divulgados por meio de infográficos.