A Enel planeja investir cerca de US$ 2,3 bilhões em novos projetos de geração de energia renovável no Brasil entre 2022 e 2024. A cifra representa 67% do montante de US$ 3,4 bilhões que o grupo italiano pretende investir em fontes renováveis na América do Sul, nos próximos três anos.
Os números foram apresentados em reunião da Enel Americas com investidores, nesta terça-feira, 30 de novembro.
A empresa espera ampliar em 3,5 gigawatts (GW) o parque de geração de energia renovável no continente até 2024, totalizando 14,5 GW. Segundo Maurizio Bezzeccheri, presidente da Enel Americas, a meta é 0,4 GW superior ao previsto no plano divulgado em novembro do ano passado.
Ao todo, a Enel prevê investir US$ 8,9 bilhões na América do Sul entre 2022 e 2024. Desse total, 61% (aproximadamente US$ 5,4 bilhões) devem ser destinados ao Brasil.
“Nossa alocação de recursos será em ativos estratégicos de descarbonização e digitalização”, afirmou Bezzeccheri.
Resultado
A Enel Americas prevê alcançar lucro líquido de US$ 1 bilhão em 2021. A companhia espera fechar o ano com investimentos totais de US$ 3 bilhões. A companhia espera obter lucro líquido entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,6 bilhão em 2024.
Medidores inteligentes
A empresa planeja investir US$ 300 milhões na instalação de cerca de 1,4 milhão de medidores inteligentes para consumidores de São Paulo, atendidos pela Enel Distribuição São Paulo (antiga Eletropaulo) até 2024. Depois desse prazo, a companhia deve acelerar a instalação dos equipamentos para os demais clientes paulistas.
O executivo também elogiou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com relação às novas regras para a tarifa social de energia elétrica e diz concordar com a previsão da autarquia de aumento médio das tarifas de energia da ordem de 20% em 2022. Segundo ele, esse aumento deve-se à inflação observada no país e às medidas adotadas para apoiar o setor elétrico durante a pandemia de covid-19.
Questionado sobre expectativa de fusões e aquisições de empresas e projetos no Brasil, Bezzeccheri afirmou que a companhia monitora oportunidades constantemente, mas que não há nenhum negócio em andamento. Segundo ele, devido à pandemia de covid 19 e às incertezas econômicas, as operações de fusões e aquisições em geral estão paradas.
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*Texto atualizado às 14h46