O Sistema Interligado Nacional (SIN) ganhou 933,19 MW novos em capacidade instalada no mês de novembro, acima do volume de energia gerada pelos projetos que entraram em operação em outubro, de cerca de 809 MW.
Desse montante, entra na conta a plena operação comercial das centrais de geração solar fotovoltaica Alex I a Alex V, que contam com nove unidades geradoras cada, somando um total 309,3 MW, além da totalidade da eólica Ventos de Santa Esperança 17, com 42 MW, da Enel Green Power.
Os números são do levantamento mensal da MegaWhat com base nos dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Outro destaque foi a entrada em operação por tempo determinado da eólica Vila Espírito Santo I, com 33,6 MW. O aval vai até o dia 28 de fevereiro de 2022.
A fonte solar fotovoltaica somou 266 unidades geradoras e 407,69 MW no período. Também foram liberadas 129 usinas eólicas num total de 503,85 MW, cinco térmicas a biomassa, com 12,4 MW, e uma central geradora hidrelétrica (CGH), com 1,25 MW.
Por estado, o Ceará teve a maior nova potência instalada no mês, com 347,1 MW totais. Na sequência, aparecem os estados do Rio Grande do Norte, com 245,14 MW, e Bahia, com 196,88 MW.
Pedidos de outorga
Os pedidos de requerimento de outorga (DRO), por sua vez, somaram 11.328,82 MW em novembro, por meio de 275 usinas. Os registros foram consideravelmente inferiores ao montante apurado em outubro, que contou com 20.443,32 MW. Os registros de outorga são fundamentais para os novos projetos, e os números servem para mostrar o aquecimento do segmento de geração renovável de energia.
Do montante registrado, a fonte solar responde por cerca de 8,54 GW dos pedidos de outorga em 208 usinas, quase metade do valor averiguado em outubro. Com uma potência inferior, mas em segundo lugar, a energia eólica totalizou 2,7 GW dos pedidos de outorga no mês, mantendo-se no patamar do mês anterior. Também houve pedidos para térmicas a biomassa, somando 45,5 MW.
No ranking por estados, o Piauí ocupa a primeira posição, com cerca de 2,6 GW. Na sequência, o estado de Minas Gerais aparece com quase 2,1 GW, enquanto o Rio Grande do Norte, com mais de 1,3 GW de capacidade instalada, ocupa o terceiro lugar.
PIE
As autorizações para produção independente de energia elétrica (PIE) apresentaram um montante significativamente menor em novembro, na comparação com o mês anterior. Foram autorizadas 78 usinas sob o regime, somando cerca de 2,99 GW de capacidade instalada, enquanto em outubro foram aprovadas 258 usinas e quase 11 GW.
A fonte solar fotovoltaica apresentou, novamente, o maior montante em termos de potência, com 33 usinas e 1,59 GW de potência instalada. De forma similar, as eólicas também somaram 33 usinas, mas com potência de cerca de 1,28 GW, enquanto termelétricas representaram 12 usinas, num total de 121,71 MW.
Por estados, o destaque passou a ser a Bahia, com 882 MW de potência, seguido pelo Rio Grande do Norte, com cerca de 774,35 MW, e Piauí, com 429 MW.
Incentivos fiscais
Mais projetos receberam incentivos fiscais para sua construção no Brasil no mês passado. Foram 26 projetos de geração, somando mais de 1,1 GW de capacidade, e 17 de transmissão, enquadrados no Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi).
A fonte solar foi a única responsável pela geração, com outorgas nos estados do Ceará e Minas Gerais.
No regime prioritário de incentivos, foi autorizado apenas um projeto de geração, que diz respeito à termelétrica Viana 1, com 37,48 MW de capacidade instalada, utilizando o gás natural como combustível e localizada no Espírito Santo. Além disso, foram contemplados outros nove projetos de transmissão e um de produção de biomassa.
Novos players
No total, oito empresas foram autorizadas no segmento de comercialização, sendo quatro de energia elétrica – SPIC Brasil Comercializadora de Energia, Aura Comercializadora de Energia, SIAO Energia e Qair Brasil – e quatro de gás natural – Athena Comercializadora de Energia Elétrica, Oxytrade Comércio, Importação e Exportação, Marte Comercializadora de Energia e NFE Power Latam Participações e Comércio.
Assim como nos últimos meses, não houve autorizações para novas distribuidoras de gás natural, havendo apenas uma nova importadora de gás natural e gás natural liquefeito, a Petrobras.
Por fim, duas novas carregadoras de gás natural foram autorizadas a atuar no país, a 3R Macau Energia e a Origem Energia.