O complexo termelétrico a carvão de Jorge Lacerda (SC) evitou um custo de R$ 10 bilhões aos consumidores do país entre 2006 e 2020. O cálculo faz parte de estudo feito pela consultoria Thymos Energia encomendado pela Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM).
Segundo Fernando Zancan, presidente da ABCM, os custos evitados se traduziram em um menor impacto na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) no período. Entre os benefícios econômicos do complexo, explicou ele, estão a redução do custo marginal de operação (CMO) em todos os subsistemas e o menor risco de operação do sistema.
Zancan refutou estudo feito pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace) que indicou que a contratação compulsória do complexo de Jorge Lacerda, como previsto em emenda aprovada esta semana pela Câmara dos Deputados, acarretará em custos extras de R$ 840 milhões ao ano aos consumidores.
A emenda, que ainda precisa ser aprovada pelo Senado, prevê um encargo de energia de reserva para subsidiar a contratação da energia de Jorge Lacerda, entre 2026 e 2040. “Trocando a CDE por contrato de reserva poderá economizar ainda mais”, afirmou Zancan.
“Não se pode construir um sistema eletro-energético baseado exclusivamente em fontes intermitentes”, completou o executivo.