Política Energética

CMSE reduz teto de despacho térmico para 10 GW med e limita CVU a R$ 600/MWh

CMSE reduz teto de despacho térmico para 10 GW med e limita CVU a R$ 600/MWh

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu reduzir o teto do despacho de termelétricas, já considerado os montantes importados, de 15 mil MW médios para 10 mil MW médios, enquanto as usinas despachadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) passam de um Custo Variável Unitário (CVU) de até R$ 1.000/MWh, para até R$ 600/MWh.

A melhoria das condições hidroenergéticas levou à decisão de redução dos custos da operação do sistema, o que deverá, consequentemente, levar a uma redução dos custos percebidos pelos consumidores de energia elétrica.

O CMSE reuniu-se nesta quarta-feira, 2 de fevereiro, em caráter ordinário, e avaliou, dentre outros assuntos, as condições de suprimento eletroenergético ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Entre os dados apresentados pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) durante a reunião, com o plano de recuperação dos reservatórios das hidrelétricas, o volume do reservatório equivalente do SIN atingiu 49,4% ao final do mês de janeiro, 5,1 p.p. acima do previsto na reunião de janeiro. Além disso, nesse mês, a hidrelétrica Furnas atingiu a cota de 762,0 m, permitindo pleno uso múltiplo das águas e o desenvolvimento do turismo na região.

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No cenário menos conservador avaliado pelo CMSE, o acréscimo de energia associado à melhoria do cenário hidrológico foi de cerca de 10 GW médios para o período de fevereiro a julho, em relação ao cenário apresentado na última reunião. Para fevereiro de 2022, há a expectativa de um acréscimo de 4,5% na carga de energia elétrica em relação a janeiro de 2022, enquanto o armazenamento do sistema ao final de fevereiro deve ficar entre de 55,2% e 60,6%, acima dos 38,3% verificados no mesmo período de 2021.

Adicionalmente, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ressaltou que em 2021 foram acrescidos mais de 7.800 km de linhas de transmissão, bem como mais de 18.000 MVA de capacidade de transformação, sendo 19% e 27% acima da média dos últimos cinco anos, respectivamente. O ano também encerrou com uma expansão de 7.562 MW na capacidade de geração de energia centralizada.