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Aumento de custos vai afetar retorno de novos projetos de transmissão, diz Alupar

Aumento de custos vai afetar retorno de novos projetos de transmissão, diz Alupar

A Alupar está estudando se vai participar do leilão de transmissão previsto para o fim de junho deste ano. Segundo Luiz de Godoy Pereira, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, os custos dos novos projetos subiram muito, e é preciso avaliar se a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) incorporou esses eventos nos investimentos projetados para a disputa.

“Vamos estudar e, sendo viável, vamos participar”, disse Pereira, durante teleconferência sobre os resultados da Alupar no primeiro trimestre deste ano.

Segundo ele, todos os investidores enfrentam aumento do custo de capital, além dos investimentos necessários mais elevados, refletindo questões como a alta de commodities metálicas como níquel, aço e cobre. “Tudo isso vai impactar o retorno do projeto”, afirmou.

Ainda assim, a competitividade no certame deve ser grande, avaliou o executivo.

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O leilão, marcado para 30 de junho, contempla 13 lotes, que envolvem investimentos estimados em R$ 15,3 bilhões e uma receita anual permitida (RAP) máxima de R$ 2,2 bilhões.

No primeiro trimestre deste ano, a Alupar teve lucro líquido de R$ 431 milhões, aumento de 33,3% na comparação anual. 

A receita líquida recuou 20%, a R$ 1,3 bilhão, mas o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu por conta da redução do custo de infraestrutura, o que teve impacto direto no lucro do período.

Esses resultados foram calculados de acordo com as normas contábeis internacionais (IFRS). A companhia também divulgou os resultados regulatórios, que seguem diferentes regras contábeis e são considerados pelas transmissoras mais aderentes com o retrato financeiro atual. 

Nesse tipo de contabilização, a receita representa de fato os recebimentos da companhia, refletindo seu fluxo de caixa. Os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo imobilizado.

Na contabilização IFRS, os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo financeiro. A distribuição de proventos aos acionistas e o pagamento de impostos leva em conta o IFRS.

O lucro líquido regulatório da Alupar cresceu 144,2% no primeiro trimestre do ano, para R$ 166,9 milhões. A receita avançou 26,7%, a R$ 713,7 milhões, e o Ebitda somou R$ 622,2 milhões, aumento de 34,9%.

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