O marco legal para o setor de energia eólica offshore brasileiro, em discussão pelo governo, deve garantir competitividade para a fonte no país, afirmou o presidente da Shell no Brasil, André Araujo, nesta terça-feira, 14 de junho.
“Temos talvez um discurso muito parecido com o que sempre falamos em leilões de petróleo e gás. No fim do dia, é um pouco a questão da competitividade”, disse o executivo, que participou hoje do Brazil Offshore Wind Summit 2022, principal evento do setor, no Rio. “O modelo é bastante importante, mas o diabo mora nos detalhes. É entender bem a discussão de desenvolvimento da cadeia de fornecimento do setor”, completou.
Araujo contou que a empresa tem acompanhado de perto e estudado os modelos fora do Brasil e acrescentou que é importante que o setor encontre uma forma de tropicalizar o modelo ideal.
Comprometida com o processo de transição energética, a Shell planeja investir até R$ 3 bilhões no setor de energia elétrica brasileiro até 2025. Além disso, segundo Araujo, a empresa vai investir em projetos de fontes renováveis 30% da sua verba de pesquisa e desenvolvimento (P&D) regulada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Além da energia
A estratégia da petroleira, que busca cada vez mais ser vista como uma empresa de energia, é investir em soluções que atendam às necessidades de seus clientes, não apenas em energia elétrica.
“Temos um mindset focado em energia elétrica, mas reconhecemos que existem produtos de hidrogênio e amônia que podem, sem dúvida nenhuma, ser um elemento da demanda. A discussão com a indústria, do que a indústria precisa, faz parte desse pilar de crescimento, pelo fato de termos um relacionamento muito forte com o mercado historicamente. Pelo tipo de negócio que temos, estamos próximos ao consumidor.