Um levantamento feito pela consultoria Greener mostrou que os contratos de compra e venda de longo prazo (PPAs, na sigla em inglês) de energia solar fotovoltaica no mercado livre acumularam, de 2018 a 2022, 11.2 GWp. Desse volume, 5.7 GWp já estão em andamento ou em operação, o restante, 4.3 GWp, são de contratos de módulos em 12 meses.
De acordo com o estudo da consultoria, divulgado durante o evento “Greener Business Summit”, os PPAs do período já somaram investimentos da ordem de R$ 43 bilhões, referentes sobretudo a consumidores dos segmentos de mineração, química e serviços, siderurgia e metalúrgica.
“Nos últimos meses, em decorrência do cenário econômico global e do país, o ritmo de expansão caiu ligeiramente, mas a expectativa é de que ele rapidamente recupere o vigor”, afirmou Marcio Takata, diretor da Greener.
Para empreendimentos de geração remota, a consultoria prevê que também deve ocorrer um aumento no número de investimento ainda neste ano e em 2023.
Mobilidade elétrica
A mobilidade elétrica foi um dos temas abordados no painel sobre investimentos e novos modelos de negócios. Segundo Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), no primeiro semestre, a venda de veículos elétricos cresceu 50% no Brasil.
Também estavam presentes no evento os executivos, Thiago Hipolito, diretor de Operações e Inovação da 99 app, e Carlos Roma, CCO da TB Green, que apontaram a demanda por infraestrutura de recarga e a criação de fundos de financiamento como uma oportunidade para aqueles que querem investir no mercado.
As startups de energia (enertechs) também foram assunto em um dos painéis, como forma de entregar soluções inovadoras nos atuais desafios do setor de energia solar fotovoltaica.
“As startups têm como característica entender problemas específicos e apresentar resoluções com muita rapidez, principalmente quando se trata de experiência do usuário, e as grandes empresas geralmente não conseguem acompanhá-las”, disse Julio Begali, venture partner da Valetec Capital.