Carvão

Demanda por carvão mineral aumenta e deve bater novo recorde em 2023, aponta IEA

Demanda por carvão mineral aumenta e deve bater novo recorde em 2023, aponta IEA

O consumo mundial de carvão deve ter um aumento de 0,7%, o que representa 8 bilhões de toneladas, até o final de 2022, indica o relatório ‘Mercado de Eletricidade’ da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). Caso a previsão se concretize, a entidade estima que a demanda pelo ativo também deverá crescer no próximo ano, alcançando um novo recorde.

O estudo avalia que o crescimento está sendo impulsionado pelo aumento dos preços do gás natural, intensificando a troca de gás por carvão em muitos países, bem como pelo crescimento econômico na Índia. A agência estima que a expansão só não será maior neste ano, porque os grandes produtores do ativo ainda não conseguem aumentar a produção, e pela desaceleração econômica da China, causada pelo recente período de lockdown com o aumento dos casos de covid-19. 

Segundo a IEA, apenas na Índia está previsto um aumento de 7% do consumo até o final do ano, à medida que a economia do país cresce e o uso de eletricidade se expande. Na China, a demanda de carvão deverá apresentar uma redução de 3% no primeiro semestre, no entanto, é esperado um aumento para o segundo semestre deste ano. Juntos, os dois países consomem o dobro da quantidade de carvão que o resto do mundo, sendo que apenas os chineses respondem por mais da metade da demanda mundial.

Considerando o continente europeu, o relatório aponta que o consumo deverá aumentar 7%. O incremento foi motivado pela substituição do gás natural por carvão, depois que vários países anunciaram a reabertura de térmicas da fonte. Um desses países foi a Alemanha, que recentemente aprovou a reativação temporária de térmica a carvão como medida de segurança energética

O documento ainda destaca que a queima contínua de grandes quantidades de carvão aumenta a preocupação com as mudanças climáticas, já que o carvão é a “maior fonte única de emissões de CO2 relacionadas à energia”, colocando-as em seu nível mais alto da história.