O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu 63.083 MW médios em julho, alta de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, apontam dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgados nesta segunda-feira, 22 de agosto.
O crescimento foi impulsionado pelo consumo no mercado livre de energia (ACL) que subiu 7,1% na comparação com julho de 2021, chegando a 23.458 MW médios. Entre os segmentos que mais consumiram energia do ACL, a CCEE destaca as indústrias de madeira, papel e celulose (+18,9%), de bebidas (+13,9%) e de serviços (+7,6%), enquanto as maiores quedas vieram de têxteis (-4,1%) e minerais não-metálicos (-1,5%).
Já o mercado regulado (ACR) o consumo foi de 39.625 MW médios no último mês, aumento de 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado, o que foi justificado pela elevação de temperaturas em boa parte do país, com exceção da região nordeste.
Migração no consumo
Segundo a CCEE, a diferença de consumo nos dois mercados tem sido influenciada por fatores estruturais do setor: a migração para o ACL e a expansão da geração distribuída solar.
Desconsiderando a migração de consumidores, o ACR teria crescido 4,2% em julho, enquanto o ACL registraria alta de 2,1%. A entidade também calcula que o mercado regulado teria crescido 2,5% se não houve geração distribuída.
Geração e importação de energia
Quanto à geração de energia, a CCEE aponta que as hidrelétricas forneceram 45.022 MW médios ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em julho, volume 32,7% maior em comparação como período de 2021. De acordo com a Câmara, o crescimento ocorre após boa recuperação do nível dos reservatórios, e menor dependência da geração térmica, que recuou 54% no período.
Entre as energias renováveis, a produção de energia solar aumentou 66,7%, enquanto a eólica subiu 16,7%. O Brasil também exportou em julho 986 MW médios de energia elétrica para a Argentina e para o Uruguai.
Ao todo, a geração de energia cresceu 4,5% em julho deste ano ante o mesmo mês de 2021.
