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Neoenergia espera vender fatia minoritária em transmissão até metade de 2023

Neoenergia espera vender fatia minoritária em transmissão até metade de 2023

A Neoenergia espera concluir no primeiro semestre de 2023 a venda de uma participação minoritária em seus negócios de transmissão de energia para um parceiro financeiro, afirmou o presidente da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, nesta quarta-feira, 26 de outubro.

“Gostaria de fecharmos isso ao longo do primeiro semestre”, disse o executivo, em teleconferência com analistas e investidores sobre o resultado da companhia no terceiro trimestre.

“O objetivo de operação não é vender o ativo em si, mas trazer investidor financeiro que precifique o ativo de forma adequada e reforce nossa estrutura de balanço. A ideia é que este parceiro entre para os lotes [de transmissão] já em operação e com um compromisso de que vá entrando assim que os outros lotes forem entrando em operação. É um parceiro de longo prazo”, completou Capelastegui.

De acordo com o portal “Pipeline”, do jornal “Valor Econômico”, a companhia contratou os bancos Itaú BBA e J.P. Morgan para encontrar um sócio minoritário para sua operação de transmissão de energia.

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“Estamos mais próximos de [vender] 49% do que 15% [de participação nos projetos]”, disse o executivo hoje.

A venda da fatia minoritária em transmissão faz parte da estratégia de rodízio de ativos da companhia, anunciada em julho.

Capelastegui também afirmou que a companhia não participará do leilão de linhas de transmissão marcado para dezembro. Com relação ao leilão previsto para julho, o executivo disse que, caso a empresa tenha interesse, ainda vai analisar esta possibilidade.

Com relação ao resultado, a Suno destacou que o principal segmento da Neoenergia, a atividade de distribuição, foi prejudicado pela retração de 2,3% na energia injetada consolidada. “Contudo, o efeito dos reajustes tarifários foi mais que suficiente para consolidar um bom desempenho em distribuição”, ressaltou a casa de análise.

A Suno, porém, destacou, como ponto negativo, o fato de a Neoenergia ainda não ter entregue as obras de transmissão conquistadas em dezembro de 2018 e 2019, considerando que a empresa havia indicado o prazo para conclusão nesse último trimestre.

O Credit Suisse, por sua vez, considerou o resultado positivo, com destaque para a entrada em operação de novos parques de geração renovável e resultados robustos da área de negócios de geração termelétrica.

(Foto: Anísio Borges / DIvulgação Eletrosul)