Consumo

Economia para clientes do mercado livre foi de R$ 41 bi em 2022, diz Abraceel

Os consumidores do Ambiente de Contratação Livre (ACL) economizaram R$ 41 bilhões com energia elétrica em 2022, derivados do consumo mensal de 24.503 MW médios

Economia para clientes do mercado livre foi de R$ 41 bi em 2022, diz Abraceel

Os consumidores do Ambiente de Contratação Livre (ACL) economizaram R$ 41 bilhões com energia elétrica em 2022, derivados do consumo mensal de 24.503 MW médios. O levantamento consta no ‘Economizômetro’, calculadora digital da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). No total, a associação calcula que os consumidores já economizam R$ 339 bilhões no ACL. 

Segundo a análise, no ano passado, a energia elétrica adquirida no mercado livre de energia foi 49% mais barata do que o ambiente de contratação regulado (ACR). Atualmente, 31 mil unidades consumidoras, o equivalente a 0,03% do total de 89 milhões de unidades consumidoras de energia no país, pertencem ao ACL.   

No ano passado, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a Portaria 50/2022, que permite que os consumidores conectados à rede de alta tensão migrem para o ACL e possam escolher seu supridor de energia a partir de janeiro de 2024. Tendo em vista a abertura do mercado, a Abraceel prevê um aumento acelerado no valor total (R$ 339 bilhões) a partir do ano que vem com o incremento de até 106 mil consumidores de alta tensão, com faturas mensais acima de R$ 10 mil

“Esses consumidores passarão a ser disputados por dezenas de empresas que vão competir pela conta de energia deles, oferecendo não somente preços mais baixos, mas serviços associados à gestão de energia para aumentar a flexibilidade e a produtividade das operações desses clientes”, afirma Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Abraceel. 

Na opinião da associação, a abertura completa do mercado de energia elétrica no Brasil, prevista para ocorrer em 2028, será uma reforma microeconômica e que pode ser encarada como política pública para reduzir de forma estrutural os preços da energia elétrica no país, inclusive para a população de baixa renda. 

“Quando a legislação efetivar o direito para todos os consumidores de energia escolherem o fornecedor e poderem migrar para o mercado livre, isso causará um choque de eficiência na atividade econômica similar ao que ocorreu quando a telefonia se tornou acessível a todos”, acrescentou Ferreira. 

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