Hídrica

CEO da Engie defende revisão de regras para geração excedente de UHEs

A criação de novas formas para aproveitamento da energia excedente das hidrelétricas é necessária para o atual cenário brasileiro, afirmou o CEO da Engie Brasil, Maurício Bähr, durante participação em evento do BTG Pactual.

CEO da Engie defende revisão de regras para geração excedente de UHEs

A criação de novas formas para aproveitamento da energia excedente das hidrelétricas é necessária para o atual cenário brasileiro, afirmou o CEO da Engie Brasil, Maurício Bähr, durante participação em evento do BTG Pactual.

Relembrando a bandeira tarifária vermelha, durante a crise hídrica de 2021, o executivo destacou que o fraco crescimento da demanda, alinhada a falta de reservatórios para armazenamento, restrição para exportação de energia excedente a países vizinhos e a falta de incentivos, impulsionam o desperdício e ajudam a encarecer a conta de energia, visto que a precificação da energia no país está ligada à hidrologia.

“Nossa posição hidrológica é melhor do que há 11 anos, o que gera oportunidades de contratação no longo prazo, ao mesmo tempo que nos faz pensar em questões regulatórias. Precisamos rever a bandeira para constituir estímulos para empresas usarem energia que assim iremos aproveitar mais essa energia. Talvez um aumento das interconexões com os países vizinhos, principalmente neste momento que retomamos o diálogo com vizinhos internacionais, para aumentar nossas conexões entre Brasil, Argentina, e Uruguai […]. O intercâmbio de exportação com estes países não passa de 2 mil MW médios, e isso é muito pouco.”, afirmou Bähr.

Com relação à abertura do mercado livre de energia, o CEO da Engie Brasil disse que o movimento será benéfico para empresas do setor e para os consumidores, que devem ter suas contas mais baratas. Assim como outras companhias, a geradora está trabalhando para ser mais competitiva.

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“Aqui no Brasil será mais fácil comprar energia, contribuindo para transição energética. [Só] assim assumiremos o protagonismo, não podemos perder essa oportunidade”, concluiu Bähr.

‘Disneylândia’ das renováveis

Com planos de alcançar globalmente os 50 GW de potência até 2025, e acreditando que o Brasil ajudará a companhia a expandir seu portfólio de renováveis, Maurício Bähr definiu o país como a “Disneylândia das renováveis’.

A opinião foi compartilhada pelo CEO da Ultrapar, Marcos Lutz, que também estava presente no evento. “O Brasil é um país privilegiado, temos um showroom de renováveis e a capacidade de gerar energia elétrica de forma diferenciada, além de sermos capazes de expandi-la. Isso tudo alimenta uma economia renovável”, afirmou Lutz.

Em sua participação, Marcos Lutz abordou questões relacionadas aos biocombustíveis definindo-os como “subutilizado e subotimizado” em uma perspectiva global. O executivo ainda destacou que a modalidade é extremamente benéfica para o Brasil, já que temos uma diferença fundamental do resto do mundo: as renováveis.

“Acho que o biocombustível como política de governo faz muito sentido para o Brasil, mas também para o mundo. […] Temos um mercado com espaço enorme, temos que olhar isso como uma oportunidade”, afirmou Lutz.

Para ambos os presidentes, as renováveis devem tornar o Brasil um grande exportador, por meio de investimentos em intensivos de energia, especialmente no mercado europeu e norte-americano, atraindo novas indústrias e colaborando para a reativação de outras.

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