A Raízen anunciou a criação do primeiro programa de aprendizagem focado no etanol de segunda geração (E2G). O objetivo da iniciativa é a especialização e profissionalização de potenciais funcionários que devem atuar em plantas dedicadas à produção do biocombustível da empresa.
“Temos metas claras de expansão das nossas plantas de E2G e, para isso, entendemos que precisamos criar oportunidades para qualificação dos colaboradores que nos acompanharão nessa jornada. Nosso objetivo com esses investimentos é, sobretudo, acelerar a descarbonização de forma conjunta e colaborativa”, afirma Simone Esteves Vieira, coordenadora de Desenvolvimento e Formação Profissional da Raízen
Segundo a companhia, por meio de uma jornada de aprendizagem, o programa focará nas competências necessárias para os processos industriais de uma planta de E2G. Como parte da iniciativa, a Raízen, em parceria com o Senai, iniciou neste mês um curso de formação técnica em E2G, com duração de 160 horas.
O processo seletivo para o programa foi realizado em outubro. No total, o treinamento presencial tem 20 alunos residentes, em sua maioria, no município de Guariba, São Paulo, sendo 65% mulheres e 35% homens. No local, a companhia está construindo sua segunda planta de E2G, o Bioparque Bonfim.
Uma imersão virtual na planta de E2G do Parque de Bioenergia de Bonfim também será realizada como forma de ensinar noções de controle de equipamentos industriais, visão sistêmica das plantas, orientação e supervisão técnica e normas e procedimentos de qualidade, meio ambiente e saúde e segurança no trabalho voltadas as operações de E2G. A Raízen estima que toda a jornada de aprendizagem seja replicável para as demais plantas.
A companhia pretende se consolidar como o único produtor mundial a operar quatro plantas de etanol celulósico (E2G) em escala industrial, concretizando o plano estratégico de expansão e ampliando o portfólio de soluções renováveis da companhia, até 2024.
Além das unidades produtoras de E2G no Parque de Bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba, e Bonfim, em Guariba, a empresa está investindo cerca de R$ 2 bilhões para a construção de outras duas unidades, nos Parques de Bioenergia Univalem, em Valparaíso (SP), e Barra, em Barra Bonita (SP), com capacidade total de aproximadamente 280 milhões de m³ por ano.
Recentemente, a Raízen assinou um contrato para comercialização de 3,3 milhões de m³ de etanol celulósico de segunda geração (E2G) com uma das suas controladoras, a Shell. Segundo comunicado, o acordo faz parte de um programa da companhia para construção de cinco novas plantas de E2G, que totalizará R$ 6 bilhões em investimentos. A meta da Raízen é ter 20 módulos de E2G até 2030.