A Neoenergia está estudando um grande projeto de hidrogênio verde na região Sudeste do país, anunciou o CEO Eduardo Capelastegui, mas sem revelar a localização ou a parceria. Na região do Porto do Açu, no Rio de Janeiro, a empresa já possui um projeto para eólica offshore, que se soma a outros dois, no Ceará e no Rio Grande do Sul, totalizando 9 GW em pedidos de licenciamento junto ao Ibama.
Capelastegui participou na manhã desta quarta-feira, 22 de março, do evento de inauguração do primeiro projeto de geração associada da Neoenergia, na Paraíba.
No evento, ele destacou que o hidrogênio verde “chegará antes da offshore” e virá por meio de energia gerada por empreendimentos onshore, já que o Brasil ainda tem muito espaço em terra para desenvolvimento de projetos.
“A Europa teve que ir [instalar projetos de geração] para o mar, para ter mais fator de capacidade e porque não tem espaço em terra. O Brasil tem muito vento e espaço. Ainda tem muita onshore renovável para desenvolver no Brasil, eólica e fotovoltaica.
Ainda segundo o CEO da Neoenergia, a offshore ainda tem muito para avançar, com a regulação ainda em discussão, que tem contado com a participação da companhia.
Segundo o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Gentil Nogueira, a portaria que irá aperfeiçoar o regulamento das eólicas offshore ainda será discutida pela equipe do novo governo com o grupo de trabalho instaurado no âmbito do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), mas sem previsão de início para as tratativas.
Usinas associadas
A entrada da empresa na geração solar pelo complexo Santa Luzia, associado à eólica Chafariz, é só o primeiro passo da Neoenergia em usinas associadas de fonte renovável. No complexo eólico de Oitis, também está prevista a associação de uma usina solar.
Localizado entre a Bahia e o Piauí, o complexo terá um total de 566,5 MW de capacidade instalada da fonte eólica. A usina solar associada anda terá sua construção iniciada, ao passo que a eólica já conta com unidades geradoras em operação comercial e deve ter as obras finalizadas nos próximos meses.
Para este ano, a empresa não prevê inaugurar novos projetos de geração. Em seu cronograma estão previstas apenas a inauguração de linhas de transmissão, como a arrematada no leilão de transmissão de 2018.
Capelastegui ainda disse que a empresa segue olhando todas as oportunidades, seja em distribuição, geração, transmissão ou comercialização. Inclusive, o complexo associado inaugurado hoje teve a energia comercializada nos mercados cativo e livre.
*A jornalista viajou à convite da Neoenergia para Santa Luzia (PB)