Congresso

Câmara posterga debate sobre redução da mistura obrigatória ao óleo diesel

Ocorreu nesta terça-feira, 18 de abril, uma audiência pública na Câmara dos Deputados para que a adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final retorne aos 10%.

Câmara posterga debate sobre redução da mistura obrigatória ao óleo diesel

Ocorreu nesta terça-feira, 18 de abril, uma audiência pública na Câmara dos Deputados para que a adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel vendido ao consumidor final retorne aos 10%. O debate busca anular a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que aumentou o percentual para 12%, seguindo a alta progressivamente para 15% até 2026. A discussão foi postergada.  

“Há uma crescente preocupação entre os proprietários de veículos e empresas de transporte sobre o impacto dessa mudança, que pode levar a problemas mecânicos e prejuízos financeiros”, afirma Zé Trovão, deputado responsável pela audiência pública.

Presente no debate, Erica Matos, gerente-executiva ambiental da Confederação Nacional do Transporte (CNT), defendeu que a inclusão do diesel verde na matriz energética nacional, sugerindo que o transportador conseguisse escolher entre o diesel verde e o biodiesel. 

Já o diretor do departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Marlon Arraes, afirmou que o aumento da adição de biodiesel ao diesel não é maléfica aos motores dos caminhões e ônibus, visto que os veículos são modernos e estão aptos a usar a mistura. 

“Se você tem acesso a um combustível especificado de boa qualidade na ponta, você abastece combustível e você segue o plano de manutenção preconizado pelo fabricante, não é para ter problema, você não vai ter problema algum”, disse Arraes. 

O diretor ainda destacou que a resolução n° 920, publicada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 4 de abril, pode ajudar na prevenção de possíveis danos aos veículos, visto que a norma estabelece a especificação do biodiesel e as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos agentes econômicos que comercializam o insumo em território nacional.  

Já o diretor técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Henry Joseph Junior, afirmou que a resolução da ANP deve melhorar a qualidade do insumo, mas que a agência poderá pedir a redução da adição “se avaliar que existem problemas ocorrendo”. 

(Com informações da Agência Câmara de Notícias)