Planejamento

Novo bipolo para ‘descongestionar’ transmissão a partir do Rio Grande do Norte deve demandar R$ 30 bilhões

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) deve começar no segundo semestre os estudos para um novo bipolo saindo do estado do Rio Grande do Norte até a região Sudeste/Centro-Oeste ou Sul, ainda sem um estado de chegada definido. O empreendimento terá mais de 3 mil quilômetros de extensão e deve receber investimentos da ordem de R$ 30 bilhões. Chamado de “Bipolo Nordeste 2”, até uma definição do seu ponto de chegada, será um corredor expresso para descongestionar a conexão do Rio Grande do Norte, onde há uma grande quantidade de empreendimentos conectados.

Novo bipolo para ‘descongestionar’ transmissão a partir do Rio Grande do Norte deve demandar R$ 30 bilhões

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) deve começar no segundo semestre os estudos para um novo bipolo saindo do estado do Rio Grande do Norte até a região Sudeste/Centro-Oeste ou Sul, ainda sem um estado de chegada definido. O empreendimento terá mais de 3 mil quilômetros de extensão e deve receber investimentos da ordem de R$ 30 bilhões.

Chamado de “Bipolo Nordeste 2”, até uma definição do seu ponto de chegada, será um corredor expresso para descongestionar a conexão do Rio Grande do Norte, onde há uma grande quantidade de empreendimentos conectados.

Os detalhes foram apresentados pela EPE a jornalistas nesta segunda-feira, 15 de maio, juntamente das expectativas para os dois leilões de transmissão de 2023 e da devolução de projetos no chamado ‘Dia do Perdão’, que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) discute em consulta pública pela rescisão de contratos do uso do sistema de transmissão (Cust) por parte de geradores de forma voluntária, com potencial estimado de adesão de cerca de 17,7 GW em usinas cujas obras ainda não tiveram início.

Segundo Thiago Dourado, superintendente de Transmissão de Energia da EPE, os estudos para os próximos três leilões de transmissão, que totalizam R$ 56 bilhões – sendo que o terceiro foi postergado pelo governo para março de 2024 – foram apresentados ainda em 2022 e contemplam a conexão de 30 GW adicionais de projetos de eólicas e solares no Nordeste, e nos quais, encontram-se os 17,7 GW que podem ser devolvidos em contratos por geradores.

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“Importante apontar que não é tecnicamente realista e nem economicamente viável planejar a expansão do sistema elétrico com base em todo o quantitativo de projetos de fonte renovável que realizaram consulta de acesso para fins de obtenção de outorga junto a Aneel e que chega a 290 GW de acordo com dados do ONS”, disse Dourado reforçando que o montante de geração, considerando todas as fontes, é quatro vezes a expansão estimada no planejamento para os próximos dez anos.

No caso de restrições pontuais de escoamento no sistema, geralmente em pontos de conexão mais concorridos ou com maior atratividade técnica e econômica, a EPE destacou que sempre vai ocorrer maior demanda que oferta, e que isso ocorre em locais específicos.

“Assim, por ora, não há evidências suficientes que as restrições justifiquem estudo de planejamento de transmissão de grande porte com foco na expansão da capacidade de escoamento de geração, além dos estudos realizados anterior”, disse o superintendente da EPE.

Outros pontos que devem auxiliar o planejamento e são considerados como marco, é justamente a limpeza da base dos contratos de uso do sistema de transmissão que não serão efetivados, e o segundo, o procedimento de margem dos leilões de geração, fruto da consulta pública nº 141/22.