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Reforços e prazos das concessões devem compensar perdas da ISA Cteep, avalia Fitch

A ISA Cteep teve reiterada sua capacidade crédito e em honrar seus compromissos financeiros pela Fitch Ratings, que manteve o rating nacional de longo prazo da transmissora em 'AAA(bra)', com perspectiva estável. Essa é a maior nota na escala da agência de classificação de riscos.  Os analistas Lucas Rios, Ricardo de Carvalho e Wellington Senter destacam que a nota reflete os projetos de reforços e melhorias nas linhas de transmissão e o prazo das concessões da companhia, que devem compensar as perdas com Rede Básica Sistema Existente (RBSE).

Torre de distribuição de energia elétrica de alta tensã
Torre de distribuição de energia elétrica de alta tensã

A ISA Cteep teve reiterada sua capacidade crédito e em honrar seus compromissos financeiros pela Fitch Ratings, que manteve o rating nacional de longo prazo da transmissora em ‘AAA(bra)’, com perspectiva estável. Essa é a maior nota na escala da agência de classificação de riscos. 

Os analistas Lucas Rios, Ricardo de Carvalho e Wellington Senter destacam que a nota reflete os projetos de reforços e melhorias nas linhas de transmissão e o prazo das concessões da companhia, que devem compensar as perdas com Rede Básica Sistema Existente (RBSE).

No relatório, a agência afirma que a ISA Cteep tem uma receita da rede básica estimada em cerca de R$ 2 bilhões para os anos de 2023 e 2024, quando dois projetos devem entrar em operação, incrementando a Receita Anual Permitida (RAP) consolidada da companhia.   

Os analistas também destacaram que a empresa conta investimentos já aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em reforços e melhorias na rede até 2027, o que deve incrementar a RAP nos próximos anos, oferecendo uma rentabilidade maior do que os projetos greenfield [novos].

As receitas adicionais, provenientes de novos ativos já assegurados pela transmissora, assim como o desenvolvimento e a construção, devem resultar em recomposição pela empresa de mais da metade da indenização da Rede Básica Sistema Existente (RBSE), e que havia criado uma redução dos recebimentos no curto prazo, conforme previsão da Fitch.  

O pagamento da RBSE vai até 2028, uma indenização que a Aneel paga às transmissoras por investimentos feitos em ativos antigos ainda não amortizados e que tiveram a concessão renovada. Um possível recálculo do RBSE voltou a ser discutido na Aneel em julho de 2022 e pode trazer perdas econômicas relevantes em alguns casos. 

Em 2022, outro relatório da agência de classificação estimou perdas de R$ 900 milhões para a ISA Cteep. O impacto no caixa se daria a partir de 2025, sem pressionar os indicadores de alavancagem financeira neste momento. Em teleconferência de resultados, Rui Chammas, presidente da companhia, afirmou que a transmissora mantinha “discussões construtivas” com a autarquia.   

Outro apontamento da Fitch é o longo prazo das concessões, já que a ISA Cteep tem apenas uma com vencimento em 2027. “A exposição à concentração e perda futura de receita deve ser paulatinamente reduzida, à medida que a empresa avança na execução de seus projetos”, conclui os analistas.