A Eneva alcançou os 1.418 GWh de geração em todas as suas operações no segundo trimestre de 2023, alta de 52,8% na comparação anual, conforme prévia operacional divulgada nesta semana pela companhia.
No período, o despacho médio cresceu de 10% para 14%, sendo impulsionado pela exportação da geração termelétrica do Complexo Parnaíba para a Argentina e Uruguai. Já a demanda média total por importação de energia dos dois países registrou média de 1,4 GW médio por dia no trimestre, atingindo maiores picos de demanda no mês de abril e a partir da segunda semana de junho
O Complexo Parnaíba foi responsável por gerar 838 GWh de energia líquida para a exportação, dos quais 694 GWh foram comercializados a preços estabelecidos em contratos bilaterais e 144 GWh foram liquidados a partir do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).
Apesar da exportação termelétricas, a Eneva informou que uma parcela da demanda para os países vizinhos continuou sendo suprida pela exportação do vertimento turbinável de suas hidrelétricas, e dado os altos volumes de precipitação registrados no período.
Lançado em outubro do ano passado, o procedimento competitivo de exportação de vertimento turbinável começou a funcionar em janeiro deste ano, a fim de exportar para Argentina e Uruguai o excedente da produção das hidrelétricas – que, devido à carga baixa e o bom nível dos reservatórios, acabam não usando toda o potencial de geração de energia elétrica para atendimento dos consumidores brasileiros.
Já o despacho regulatório da companhia se concentrou tanto na UTE Paranaíba I, onde a empresa conta com concessão para exploração de gás natural, enquanto a UTE Jaguatirica II tem recuperado a geração após problemas operacionais.
Gás natural
Para suportar o incremento de geração de energia, a produção de gás natural da Eneva subiu de 140 milhões de m³ para 300 milhões de m³, com maior exportação pelas usinas do Complexo Parnaíba e do maior volume de energia gerada pela UTE Jaguatirica II, dado que o ciclo combinado da usina só iniciou a operação comercial em maio de 2022.
Solar
Em maio de 2023, a primeira fase do complexo solar Futura foi liberada para operação comercial. Composto pelas UFVs Futura 1 a Futura 22, que somam 692,4 MWac de capacidade instalada, o parque obteve uma geração líquida total de 204 GWh, considerando o período anterior ao início da operação comercial, quando a usina estava em fase de energização gradual e testes, e o período após a entrada em operação de forma escalonada.