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Renova pode vender ativos e espera conclusão da recuperação judicial ainda em 2023

A Renova Energia espera que o processo de recuperação judicial - iniciado em outubro de 2019 - seja concluído até o final deste ano. A companhia entrou com o pedido depois que uma tentativa de venda da Fase A de Alto Sertão III para a AES Tietê fracassou. A usina deveria ter entrado em operação em 2015, mas sofreu sucessivos atrasos e teve as obras paralisadas em 2016, com 87% de construção, devido aos problemas financeiros enfrentados pela empresa renovável. Questionado sobre o fim da recuperação judicial por analistas durante teleconferência de resultados do segundo trimestre, Daniel Gallo, CEO da companhia, respondeu que o fim do processo depende dos bancos, mas que a empresa tem previsão de que o processo termine até o final do ano.

Renova pode vender ativos e espera conclusão da recuperação judicial ainda em 2023

A Renova Energia espera que o processo de recuperação judicial – iniciado em outubro de 2019 – seja concluído até o final deste ano. A companhia entrou com o pedido depois que uma tentativa de venda da Fase A de Alto Sertão III para a AES Tietê fracassou. A usina deveria ter entrado em operação em 2015, mas sofreu sucessivos atrasos e teve as obras paralisadas em 2016, com 87% de construção, devido aos problemas financeiros enfrentados pela empresa renovável.

Questionado sobre o fim da recuperação judicial por analistas durante teleconferência de resultados do segundo trimestre, Daniel Gallo, CEO da companhia, respondeu que o fim do processo depende dos bancos, mas que a empresa tem previsão de que o processo termine até o final do ano.

O CEO também declarou que é possível que haja mais vendas de ativos para o pagamento de dívidas. “Vai depender da conclusão dos bancos e reperfilamento da dívida, mas algum projeto deve ser vendido”, disse ele.

No ano passado, dentro do processo de recuperação, a Renova Energia vendeu dois ativos, a Enerbrás (Espra), no valor de R$ 265 milhões, e do projeto cordilheira dos Ventos, pelo valor de R$ 42 milhões. Os recursos da venda desses ativos foram utilizados para amortizar as dívidas que a companhia possui.

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Em 11 de agosto, a Renova Energia firmou um “acordo de inação”, também conhecido como “standstill”, com os credores com garantia real (classe II). Pelo acordo, os credores concordaram em receber parte da parcela semestral, no valor de R$ 10,6 milhões, dividida em três pagamentos mensais e iguais, em agosto, setembro e outubro de 2023.

Resultado 

Mesmo com aumento de 11,9% na receita, a Renova Energia teve prejuízo de R$ 42,7 milhões no segundo trimestre de 2023 – resultado que representa queda de 40,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foi reportado lucro de R$ 110,2 milhões. A empresa, que está em recuperação judicial, atribui o resultado negativo à redução do endividamento – foram R$ 49,2 milhões em pagamentos do plano de recuperação judicial, sobretudo a credores das classes 2 e 3.

A receita da empresa chegou a R$ 53,9 milhões no segundo trimestre de 2023, o que representou aumento de 11,9% em relação a 2022. O CFO da empresa, Vitor Hugo Silva, lembrou que os números de 2022 incluíam PCHs vendidas, que contribuíram com R$ 8,1 milhões no segundo trimestre de 2022. Desconsiderando a renda desses ativos, o aumento anual na receita seria de 34%. No trimestre, foi concluída a venda das cotas da usina Serra do Tigre Centrais Eólicas, no valor final de R$ 6,9 milhões.

No período, houve aumento na geração de 13,1% em relação ao primeiro trimestre de 2023. A comparação entre trimestres seguidos se justifica porque, ao longo de 2022, as eólicas do complexo Alto Sertão III – Fase A, entraram em operação. O complexo terá capacidade total de 432,6 MW, que deve ser alcançada até o final do ano com a instalação dos dois últimos aerogeradores, segundo Silva.

A geração comercial de Alto Sertão III – Fase A possibilitou a redução na compra de energia, o que se destacou na redução global de 23,5% nos custos da companhia. O custo total do segundo trimestre de 2023 foi de R$ 25,7 milhões.

Com pipeline de 7,1 GW de capacidade eólica e 2,3 GW de capacidade solar, os executivos da Renova Energia foram questionados se a empresa terá condições de executar a implementação.

Segundo o CEO da empresa, Daniel Gallo, a execução dos projetos não depende apenas da receita da própria companhia, podendo haver associações ou investimentos de terceiros. “O pipeline da Renova é bastante robusto e muito bem-posicionado em termos de recursos. Isso atrai boas conversas e acreditamos que poderemos crescer em geração de energia”, disse Gallo.

A empresa prevê que até o fim do ano ocorra a conclusão da implantação do complexo solar Caetité, localizado no sudoeste da Bahia com uma capacidade instalada de 4,8 MWp. A obra está 94% concluída.

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