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BW Energy conclui acordo com a Petrobras e passa a deter ativos do pós-sal no Espírito Santo

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 28 de agosto, a conclusão da transferência de sua participação nos polos Golfinho e Camarupim, para a BW Energy Maromba do Brasil. Os ativos estão localizados em águas profundas no pós-sal, na Bacia do Espírito Santo.

BW Energy conclui acordo com a Petrobras e passa a deter ativos do pós-sal no Espírito Santo

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 28 de agosto, a conclusão da transferência de sua participação nos polos Golfinho e Camarupim, para a BW Energy Maromba do Brasil. Os ativos estão localizados em águas profundas no pós-sal, na Bacia do Espírito Santo.

A venda da participação foi anunciada em junho de 2022. Na ocasião da assinatura do contrato, a Petrobras recebeu US$ 3 milhões e agora, com a conclusão do acordo, foram pagos mais US$ 12,2 milhões já considerados ajustes previstos. Ainda é previsto o recebimento pela Petrobras de até US$ 60 milhões em pagamentos contingentes, a depender das cotações futuras do Brent e desenvolvimento dos ativos.

Com a conclusão do acordo, a BW Energy passa a ser operadora dos ativos. A companhia é uma subsidiária integral da BW Energy, empresa de exploração e produção (E&P) com foco em reservatórios de petróleo de baixo risco, para desenvolvimento em fases e com acesso às instalações de produção existentes. Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a BW Energy já é operadora do campo BC-20A (Maromba), na Bacia de Campos, onde detém 100% do ativo.

Apesar da venda, Petrobras reforça presença no Espírito Santo

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No comunicado informando sobre a conclusão da transferência, a Petrobras reforçou sua presença no Espírito Santo. “Os campos cedidos respondem por 6,6% da produção operada pela Petrobras no estado do Espírito Santo, e sua transferência não impacta as demais atividades da Petrobras na região”, diz a nota, que destaca a operação no Parque das Baleias “além de seis áreas exploratórias”, a implantação da FPSO Maria Quitéria no Campo de Jubarte e outras operações além dos campos offshore, como as unidades de processamento de gás natural de Cacimbas (UTGC) e Sul Capixaba (UTGSUL) e o Terminal Aquaviário Barra do Riacho.

A venda dos polos Golfinho e Camarupim foi anunciada em 2022, no contexto de desinvestimentos da Petrobras. Em 2023, com o novo governo e a mudança na diretoria da empresa, a estratégia foi revista, com a ressalva de que os acordos já assinados, como este com a BW Energy, seriam respeitados.

Em diversas ocasiões, os atuais executivos da Petrobras criticaram a política de desinvestimento e defenderam o fortalecimento da companhia.

“A gestão anterior não via futuro, ou melhor, via um futuro que era ser vendida. Chegamos aqui e encontramos uma empresa sendo preparada para a venda. A gestão política agora está absolutamente contra vender, abrir capital, perder o controle. A empresa continua sendo controlada pelo estado brasileiro por razoes estratégicas e para benefício do Brasil e dela mesma. Nossa visão é de ter futuro”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante evento com jornalistas em julho deste ano.

Sobre os Polos Golfinho e Camarupim

O Polo Golfinho está localizado em lâmina d’água entre 1.300 m e 2.200 m, compreendendo os campos de Golfinho, produtor de óleo, e Canapu, produtor de gás não associado, e o bloco exploratório BM-ES-23.

O Polo Camarupim está localizado em lâmina d’água entre 100 m e 1.050 m, compreendendo os campos unitizados de Camarupim e Camarupim Norte, ambos de gás não associado.

A Petrobras detinha 100% de participação nos conjuntos de concessões dos Polos Golfinho e Camarupim, com exceção do bloco exploratório BM-ES-23, em que possuía participação majoritária de 65%, em parceria com a Aquamarine Exploração Ltda (20%) e Inpex Petróleo Santos Ltda (15%). A Petrobras era a operadora em todas as concessões.

A produção total média do campo de Golfinho em julho de 2023 foi de 10,2 mil bpd de óleo e 114,6 mil m3/dia de gás. As demais áreas não se encontram em produção.