O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que o governo deve assinar nos próximos dias a segunda fase do programa Rota 2030, que contará com R$ 3 bilhões em incentivos anuais destinados à mobilidade e a transição energética do setor automotivo brasileiro.
A nova fase da iniciativa federal tem como objetivo impulsionar a eficiência energética e estimular investimentos em pesquisa e desenvolvimento por parte dos montadores, além de incentivar o uso de biocombustíveis e alternativas limpas de propulsão em veículos.
Criado em 2018, o programa concede à indústria automobilística descontos em impostos, desde que haja investimentos em inovação tecnológica. Sua renovação segue outras iniciativas do governo para transição energética do setor como o combustível do futuro e o RenovaBio.
O Rota 2030 foi abordado por Alckmin, que também é vice-presidente da República, durante participação no seminário sobre inovação e desenvolvimento tecnológico na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
No evento, o ministro do MDIC aproveitou para falar sobre a nova linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada à inovação.
Com cerca de R$ 60 bilhões em financiamentos até 2026, o novo programa do BNDES contemplará empresas de todos os portes e institutos de ciência e tecnologia que focarem, entre outras coisas, em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e na expansão da fronteira tecnológica brasileira.
A expectativa do governo é de que novas e antigas demandas sociais, ambientais e climáticas do país possam ser atendidas pelo financiamento, de forma ampla e diversa.
Segundo o BNDES, dos recursos mobilizados anualmente, R$ 5 bilhões serão operacionalizados pelo banco e R$ 5 bilhões estarão a cargo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), da Finep, resultando no total de R$ 40 bilhões em crédito ao longo dos quatro anos do programa. Outros R$ 20 bilhões estarão destinados para uso não reembolsável pela Finep.
“O juro será nominal em 4%, o menor da história para a inovação. Isso permitirá que a indústria dê um grande salto de desenvolvimento”, disse o vice-presidente.
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