Eólica

CNI mapeia viabilidade da eólica offshore na costa que conta com 3,6 vezes a capacidade instalada do país

A zona costeira dos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, além das regiões Sudeste e Sul são as mais atrativas para exploração da eólica offshore no Brasil, que possui um potencial energético inexplorado de 700 GW, volume 3,6 vezes superior à capacidade de energia já instalada no país. No país, esse potencial inexplorado possui pedidos para licenciamento de quase 190 GW.

CNI mapeia viabilidade da eólica offshore na costa que conta com 3,6 vezes a capacidade instalada do país

A zona costeira dos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, além das regiões Sudeste e Sul são as mais atrativas para exploração da eólica offshore no Brasil, que possui um potencial energético inexplorado de 700 GW, volume 3,6 vezes superior à capacidade de energia já instalada no país. No país, esse potencial inexplorado possui pedidos para licenciamento de quase 190 GW.

O dado é do novo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), cujo conteúdo aponta que a consolidação da cadeia de valor offshore pode impulsionar a economia e facilitar a retomada da indústria brasileira, além de estimular o desenvolvimento tecnológico e científico e estimular a adoção do hidrogênio de baixo carbono no país. 

“Hoje temos no Brasil um potencial de 700 GW totalmente inexplorado, mas que pode mudar radicalmente o panorama energético do Brasil, principalmente quando você conecta com outras agendas como o próprio hidrogênio sustentável, no qual o Brasil tem várias vantagens comparativas de produção e a atendimento à demanda, principalmente em um contexto internacional”, avalia o gerente executivo do Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, em vídeo de divulgação. 

No Nordeste, entre os estados com maiores oportunidades, o estudo destaca a viabilidade da zona costeira que fica entre o Piauí, o Ceará e o Rio Grande do Norte. No Sul, a região da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul é apontada como viável, já no Sudeste, a CNI salienta os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. 

Leia mais: Ibama faz alerta para conflito no licenciamento ambiental de eólica offshore e rede regras claras

O Ibama é responsável por receber e divulgar os pedidos de licenciamento ambiental, mas o avanço dos projetos não depende do instituto, e sim da regulação da atividade, ainda nas mãos do governo e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De acordo com a confederação, a consolidação dessa cadeia de valor deve oferecer alternativas mais sustentáveis, principalmente para os setores de transporte, fertilizantes, siderúrgico e para as refinarias, ajudando a estimular o desenvolvimento tecnológico e científico offshore. Além de apoiar a promoção do hidrogênio de baixo carbono nas regiões. 

Em outubro de 2022, o governo publicou duas portarias que definem os regramentos e diretrizes complementares para cessão de uso de áreas offshore para geração de energia elétrica, além da criação de um Portal Único de Gestão do Uso das Áreas Offshore

A programação dos leilões de cessão de áreas vai considerar o planejamento da expansão da geração de energia e o potencial energético estimado para cada prisma. Ainda serão publicadas diretrizes para os certames, que serão feitos pela Aneel. 

Atualmente, o setor conta com o PL 11.247/2018, que busca a regulamentação das eólicas offshore, mas não contemplam o planejamento marinho. Na Câmara dos Deputados tramita o Projeto de Lei 6.969/2013, conhecido como Lei do Mar, que regula parte deste planejamento territorial marinho. 

De acordo com a confederação, a consolidação dessa cadeia de valor deve oferecer alternativas mais sustentáveis, principalmente para os setores de transporte, fertilizantes, siderúrgico e para as refinarias, ajudando a estimular o desenvolvimento tecnológico e científico offshore. Além de apoiar a promoção do hidrogênio de baixo carbono nas regiões. 

Globalmente, a CNI estima que 260 GW podem ser gerados até 2030, com a possibilidade de atingir 316 GW ao fim desta década. Para isso, estão previstos investimentos na ordem de US$ 1 trilhão

Saiba mais:

– Instituto Senai mapeia áreas para escoamento da energia eólica offshore no Rio Grande do Norte.