MegaExpresso

Geração de energia bate recorde de expansão em 2023, liderada por eólicas – Edição do Dia

A matriz de geração de energia elétrica no Brasil bateu recorde de expansão em 2023, com a adição de mais 10,1 gigawatts (GW) de potência registrados até a última terça-feira (26/12), informou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa. O montante supera o volume histórico de 9,5 GW alcançado em 2016.

A expansão da oferta foi liderada pelos parques de geração eólica, com 4,724 GW (46,7%), seguido da geração solar fotovoltaica, com 4,019 GW (39,7%). A adição de oferta inclui ainda as térmicas movidas a combustível fóssil, com 987 megawatts (MW), e biomassa, com 223 MW. As pequenas centrais hidrelétricas (PCH) contribuíram com a potência instalada de 160 MW. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Grande oferta de energia renovável vira desafio

Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse que o Brasil precisará desenvolver novos mecanismos para absorver a grande oferta de energia renovável prevista para a próxima década se quiser aproveitar o potencial de geração de eletricidade já mapeado pelo setor. Somente em 2023, a Aneel expediu cerca de 2 mil atos de outorga para novos projetos – a maioria de fontes eólicas e solar -, que correspondem a mais 86,32 gigawatts (GW) de potência adicional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

“Não temos esse mercado (para absorver). Nosso mercado típico, tradicional não vai alcançar essa geração toda”, alertou o diretor-geral da Aneel. Se confirmado a implantação dos projetos, a agência estima que o país receberá R$ 430 bilhões em investimentos. “Os investidores estão olhando para uma perspectiva mais ampla, de eletrificação e descarbonização da economia”, acrescentou.

SPIC Brasil levanta R$ 1,3 bi para projetos solares no nordeste do país

Na semana passada, a SPIC Brasil concluiu a emissão de notas comerciais no montante de R$ 1,3 bilhão direcionadas à implantação de projetos de geração de energia solar fotovoltaica no Nordeste do país. A operação foi realizada com os bancos Bradesco BBI e Santander e os desembolsos ocorreram ao longo dos meses de julho e de dezembro deste ano, sendo que toda a operação foi concluída em 21 de dezembro, de acordo com informação do blog Canal Executivo.

Os recursos serão importantes para financiar a conclusão dos primeiros parques de energia solar da SPIC no Brasil: os complexos solares de Panati, na cidade de Jaguaretama (CE), e de Marangatu, em Brasileira (PI). Juntos, eles totalizam 738 MWp de capacidade instalada e representam a entrada da companhia na geração de energia de fonte solar no Brasil. Atualmente os projetos encontram-se em fase final das obras, com início das operações previsto para o primeiro semestre de 2024.

A SPIC Brasil terá até o dia 14 de julho do próximo ano para liquidar a dívida com os bancos emissores das notas comerciais. A estratégia é fazer o pagamento a partir de novas captações para financiamentos de longo prazo.

Light apresenta a credores nova proposta de pagamento, dizem fontes

O Valor Econômico informa que uma nova proposta da Light para quitação de débitos vem sendo apresentada aos credores da companhia pelo menos desde o início do mês, segundo uma fonte da reportagem com acesso às discussões realizadas entre os debenturistas.

A Light apresentou um primeiro plano de recuperação judicial em julho. À época, a companhia ofereceu a possibilidade de os credores converterem 100% de seus créditos em ações da Light S.A. A segunda proposta, que circula entre os credores há cerca de 20 dias, oferece a opção de conversão de 40% dos débitos em ações.

Ainda de acordo com a reportagem, quem aderir à proposta poderá receber os 60% restantes (o montante que não for convertido em ações) corrigidos pelo IPCA mais 4% ao ano, num prazo de oito anos.

Cedae calcula economizar R$ 1,2 bi até 2028, com contratação de energia no mercado livre

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) realizou na semana passada licitação para compra de energia no mercado livre que permitirá à estatal fluminense economizar mais de R$ 1 bilhão ao longo de cinco anos.

Em nota, a empresa informou que a eletricidade a ser contratada junto à EDP Smart Energia vai atender ao Sistema Guandu, do qual fazem parte a Estação de Tratamento de Água do Guandu, em Nova Iguaçu, e à Elevatória do Lameirão, na zona oeste do Rio. A conclusão do processo depende do envio da documentação pela vencedora da licitação. A estimativa da Cedae é de economia de R$ 1,06 bilhão no período do contrato – de março de 2024 até dezembro de 2028.

Essa foi a segunda licitação desse tipo realizada pela companhia — o primeiro certame ocorreu em setembro deste ano, voltado para o fornecimento de energia ao Sistema Imunana-Laranjal. Somando a economia dos dois sistemas (Guandu e Imunana-Laranjal), a redução nos gastos da Cedae deve ultrapassar R$ 1,2 bilhão nos próximos cinco anos, esclareceu a empresa. (Valor Econômico)

Petrobras cobra US$ 296 milhões da Carmo Energy por venda de ativo em Sergipe

A Petrobras informou ontem (26/12) o não cumprimento de obrigação contratual de pagamento da Carmo Energy e sua controladora Cobra Instalaciones y Servicios, S.A., na qualidade de garantidora, relacionada à venda da totalidade de suas participações no conjunto de 11 concessões de campos terrestres de produção de óleo e gás, com instalações integradas, localizadas no estado de Sergipe, denominados conjuntamente de Polo Carmópolis.

O valor da venda foi de US$ 1,1 bilhão, sendo que: (i) US$ 275 milhões foram pagos, a título de sinal; (ii) US$ 548 milhões foram pagos em 20/12/2022, data de fechamento da transação considerando os ajustes devidos; e (iii) US$ 296 milhões deveriam ter sido pagos em 20/12/2023, já considerando os ajustes devidos. A Petrobras informa, ainda, que adotará as medidas contratuais e legais cabíveis para a cobrança dos valores devidos. (Agência Petrobras)

Ao Financial Times, Marina Silva defende teto de produção de petróleo

Em entrevista ao jornal britânico Financial Times publicada ontem (26/12), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu que o Brasil deve considerar a imposição de um limite à produção de petróleo, uma posição que a coloca em divergência com setores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A ministra argumentou que o país será incapaz de alcançar objetivos como o de triplicar a energia renovável sem limitar a exploração da commodity. “É um debate que não é fácil, mas que os países produtores de petróleo terão de enfrentar”, disse. Ela acrescentou ainda que o foco na transição para uma economia verde precisa ser mantido. “A segurança energética é necessária, mas também devemos pensar na transição. Ambas as coisas devem acontecer”, ressaltou. (Agência Estado)

BNDES atinge recorde de operações no setor de infraestrutura em 2023

O Valor Econômico informa que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai fechar 2023 com o maior volume de aprovação e de desembolso na área de infraestrutura em valores nominais de toda a série histórica, iniciada em 1995.

Os desembolsos para o setor devem fechar o ano em R$ 23,9 bilhões. O montante representa um aumento de 115% em relação ao ano passado, informou o banco nesta terça-feira (26/12). As aprovações para projetos de transportes, logística, mobilidade e saneamento devem fechar o ano em R$ 37,5 bilhões, um crescimento de 8,4% comparado a 2022.

Também em 2023, foram aprovadas 51 operações com foco em transição energética e clima, totalizando R$ 19,6 bilhões. O montante já aprovado representa aumento de 62% sobre o total aprovado em 2022. O volume desembolsado até o último dia 22 foi de R$ 11,7 bilhões.

PANORAMA DA MÍDIA

O Globo: As marcas chinesas estão acelerando a eletrificação da frota no Brasil. Com uma estratégia que mescla preços mais atraentes — a partir de R$ 150 mil — e veículos com maior autonomia, além de muita tecnologia embarcada, os carros chineses já representam 35% do total de elétricos importados no país. E, em 2024, a presença destas empresas por aqui vai aumentar.

**

Valor Econômico: Após quatro anos da promulgação da reforma da Previdência, Estados e municípios ainda patinam para aprovar mudanças significativas nos seus regimes previdenciários, como a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria. O déficit financeiro da Previdência dos governos regionais está por volta dos R$ 120 bilhões ao ano, e a preocupação é com a piora dos números no longo prazo, em especial dos municípios. A avaliação de técnicos do governo e de especialistas é de que, se nada for feito, Estados e municípios tendem a comprometer ainda mais o orçamento com pagamento de aposentadorias e pensões, em vez de elevar investimentos ou gastos em áreas como saúde e educação.

**

O Estado de S. Paulo: Municípios vão entrar no ano eleitoral com rombo em suas contas. Segundo o Banco Central, o déficit dos municípios chegou a R$ 10,9 bilhões em 12 meses, até outubro.

**

Folha de S. Paulo: Ao prosseguir com seu “plano motosserra” contra os gastos públicos na Argentina, o presidente Javier Milei anunciou nesta terça-feira (26/12) que não vai renovar os contratos temporários de mais de 5.000 funcionários federais que acabam neste mês e foram assinados pelo seu antecessor, Alberto Fernández, desde janeiro.