Captura, uso e armazenamento geológico de carbono (CCUS, na sigla em inglês), redução de queimas, eletrificação e aumento de participação em projetos greenfield ajudarão as companhias na redução das emissões por barril, em pelo menos 2%. Porém, a consultoria acredita que as emissões de escopo 1 e 2 aumentarão em 12 milhões de toneladas de CO₂ equivalente em relação ao ano passado.
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“O setor de petróleo e do gás enfrenta um ano de grandes decisões. A consolidação das empresas permanecerá no centro das atenções, ao passo que as companhias buscam construir escala e fortalecer sua sustentabilidade através da transição energética” diz Tom Ellacott, vice-presidente sênior de Pesquisa Corporativa.
Petroleiras em 2024
Diversas empresas devem focar na sustentabilidade, na eficiência de suas operações para aumentar produção de petróleo e gás e não devem investir no crescimento de projetos existentes, enquanto lidam com questões econômicas ligadas ao aumento da inflação, gargalos, incertezas nos preços e crescentes cortes de produção da OPEP+.
Com isso, os investimentos globais em upstream devem se estabilizar, chegando aos US$ 500 bilhões em 2024, crescimento de 2% em relação a 2023 após um aumento de 18% nos últimos três anos.
O pipeline de novos projetos também deve permanecer estável, com 45 empreendimentos em fase final de investimento, o que demandará US$ 170 bilhões para desenvolver 25,5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas.
“Cerca de 30 projetos serão concluídos em 2024. Os dez maiores foram descobertos em águas profundas e devem exigir US$ 52 bilhões em investimentos para recuperar 5 bilhões de barris de petróleo. [Acreditamos] que os investimentos devem crescer no Oriente Médio, e reduzirem nos Estados Unidos [EUA]”, afirma a consultoria.
Entre os empreendimentos mapeados, a entidade destaca os projetos Sépia, Atapu e Sergipe-Alagoas, localizados no Brasil; Liza, na Guiana; Blocos 20 e 31 e PAJ, na Angola; DW Cape Three Points, em Gana; e o Polok-Chinwol, no México.
M&A
Fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) se manterão no radar das petroleiras, que devem priorizar desempenho de ativos, diversificação de portfólio e a escala dos projetos.
“Este tem sido um tema motivador há anos e conforme as empresas procuram reduzir custos, aumentar eficiência operacional e melhorar o custo do capital pelo acesso a dívida e capital mais baratos. Este último ponto tornou-se evidente nos últimos meses, especialmente nos EUA”, destacam Greig Aitken, diretor de Pesquisa Corporativa, e Scott Walker, analista de Pesquisa Sênior, em comunicado sobre o relatório.