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Petrobras espera retomar controle sobre Mataripe ainda no primeiro semestre de 2024, diz Jean Paul Prates

Em viagem ao Oriente Médio, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou que uma “nova composição societária e operacional” com o Mubadala Capital para que a Petrobras recupere a operação na Refinaria de Mataripe deve ser finalizada ainda no primeiro semestre de 2024.

O senador Jean Paul Prates, coordenador do subgrupo Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, dá entrevista coletiva, no auditório G4 do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília
O senador Jean Paul Prates, coordenador do subgrupo Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, dá entrevista coletiva, no auditório G4 do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília

Em viagem ao Oriente Médio, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, informou que uma “nova composição societária e operacional” com o Mubadala Capital para que a Petrobras recupere a operação na Refinaria de Mataripe deve ser finalizada ainda no primeiro semestre de 2024.

Em dezembro, a Petrobras informou ter recebido proposta do Mubadala sobre participação acionária no ativo. As empresas também têm negociações sobre biorrefino no Brasil, em planta a ser construída em anexo à Refinaria de Mataripe.

Chamada pela Petrobras de Refinaria Landulpho Alves (Rlam), a atual Refinaria de Mataripe foi vendida ao Mubadala em novembro de 2021 por US$ 1,65 bilhão. Em janeiro deste ano, a Controladoria-Geral da União divulgou relatório em que avalia que a venda ocorreu abaixo do preço de mercado. Petrobras e Polícia Federal investigam o caso.

Kufpec no Brasil

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Em passagem pelo Kuwait, Prates informou que a Kuwait Foreign Petroleum Exploration Company (Kufpec), braço da estatal Kuwait Petroleum Corporation (KPC) para exploração petrolífera fora do país árabe, abrirá uma subsidiária no Brasil.

Este seria o primeiro escritório na América Latina da Kufpec, que atualmente tem atividades em países da Ásia, África, América do Norte e Europa, além da Austrália.

Adnoc e Braskem

Prates também esteve com o ministro da Indústria e Tecnologia dos Emirados Árabes Unidos e presidente da Adnoc, Sultan Al Jabber. Segundo Prates, as conversas envolvem os processos de due dilligence sobre a Braskem. A Adnoc já fez oferta pela Braskem em consórcio com o fundo Apollo. A proposta foi recusada pela Novonor (ex-Odebrecht), que há anos tenta vender sua participação na petroquímica.

Sócia da Novonor na Braskem, a Petrobras pode cobrir a oferta recebida de terceiros e comprar a fatia à venda, ou exercer o tag along e vender sua participação pelo mesmo valor conseguido pela Novonor. Desde julho de 2023, a Petrobras avalia a transação, mas nunca confirmou o interesse na compra da fatia à venda.

A conversa com Al Jabber também teria passado por análises conjuntas de oportunidades em gás offshore, refino e petroquimica e mercados de combustíveis, segundo Prates.

Aramco

Nesta viagem ao Oriente Médio, Prates também se encontrou com o presidente da Aramco, Amin Nasser. A Aramco é a estatal petrolífera da Arábia Saudita e, em setembro de 2023, comprou a distribuidora chilena de combustíveis Esmax, que distribui combustíveis da Petrobras no país.

De acordo com o presidente da Petrobras, as tratativas passaram por refino, combustíveis e lubrificantes no contexto de eletrificação da frota e maior uso de biocombustíveis e coprocessamento de óleos vegetais na América Latina e no Caribe.

Houve também conversas sobre intercâmbio de profissionais para capacitação e parcerias. Segundo Prates, o “calendário de entendimentos e visitas mútuas” será concluído até meados de março.