A Petrobras iniciou a perfuração no poço Anhangá (1-RNS-161), pioneiro do bloco POT-M-762. A concessão fica na Bacia Potiguar, a 79 km da costa do estado do Rio Grande do Norte, e faz parte da Margem Equatorial. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a perfuração foi iniciada no dia 8 de fevereiro.
Anhangá é o segundo poço exploratório perfurado pela Petrobras na Margem Equatorial desde que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) renovou a licença de operação da petroleira e autorizou a perfuração de dois poços de pesquisa na Bacia Potiguar. A inclusão do bloco POT-M-762, onde está localizado o poço Anhangá, foi uma das razões para a renovação da licença pelo Ibama.
O primeiro poço perfurado no âmbito desta licença foi Pitu Oeste, em dezembro de 2023. No processo, foram encontrados indícios de hidrocarbonetos, cuja viabilidade econômica ainda não foi informada. A Petrobras planejava usar a mesma sonda na perfuração de ambos os poços.
Em seu último Plano Estratégico, divulgado no final de 2023, a Petrobras informa ter a intenção de perfurar 16 poços na Margem Equatorial entre 2024 e 2028, com investimentos na casa de US$ 3,1 bilhões – o que corresponde a 41,5% do total planejado pela companhia em campanhas exploratórias no período.
As perfurações já realizadas na Margem Equatorial não abrangem a Bacia da Foz do Amazonas, que fica entre o litoral do Amapá e do Pará e que é motivo de desentendimentos entre a Petrobras e o Ibama. O órgão ambiental não concedeu licença para a Petrobras operar na região, enquanto a empresa alega já ter cumprido todos os requisitos para obtenção da autorização. O entendimento da Petrobras é endossado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Advocacia-Geral da União (AGU), que elaborou parecer a favor da petroleira.