Acumulando 23 GW em pedidos de licenciamento ambiental no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), a Petrobras entrará no setor de eólicas offshore apenas quando tiver o marco regulatório, informou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Maurício Tolmasquim.
Além da regulamentação, a estatal acredita que os leilões para concessões das áreas marinhas e a análise de viabilidade dos processos também definiram as suas condições de entrada no setor.
“Não vamos entrar em eólica offshore enquanto não tivermos o marco regulatório. Mas, não basta ter apenas a lei, precisamos de organização de leilões para concessões de áreas e depois é preciso ver a viabilidade dos empreendimentos para ter demanda pela eletricidade. Essas são condições necessárias”, disse Tolmasquim durante painel do seminário ‘Energia Limpa: a transição energética no Brasil’, da Folha de São Paulo, realizado nesta segunda-feira, 19 de fevereiro.
>> Petrobras poderá ser seu próprio cliente nos investimentos em energias renováveis.
Durante o painel da Folha, o diretor ainda destacou o uso do hidrogênio na produção do SAF, que pode desempenhar um papel fundamental na descarbonização do segmento aéreo.
Combustíveis fósseis
O hidrogênio verde e os combustíveis renováveis serão fundamentais no processo de adaptação das petroleiras em um mundo que busca a descarbonização, na visão de Tolmasquim. Para ele, a demanda por petróleo se manterá até 2050, conforme estudo da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) citado pelo diretor, e diversas petroleiras, incluindo a Petrobras, não podem “abandonar” o setor.