A Petrobras decidiu vender sua participação de 18,8% na térmica Araucária à Âmbar Energia, pelo valor de R$ 67,3 milhões. A transação ocorre pelo exercício de tag along (venda conjunta), considerando que o restante da usina foi vendido pela Copel à Âmbar, por R$ 320 milhões. Assim, o negócio ocorre com a adesão da Petrobras ao contrato celebrado entre a Âmbar e a Copel.
Inicialmente, Petrobras e Copel fariam a venda da UTE Araucária de forma conjunta. Em dezembro de 2023, quando a Copel anunciou a compra de sua fatia pela Âmbar, a Petrobras encerrou o processo de venda por descumprimento do acordo de venda conjunta, mas reforçou a intenção de se desfazer do ativo e informou que estudaria suas alternativas, “inclusive eventual exercício de tag along”.
Dos R$ 67,3 milhões a serem pagos à Petrobras, R$ 13,5 milhões serão pagos na assinatura do contrato e R$ 53,8 milhões serão quitados no fechamento da transação, que está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Com o negócio, a Âmbar Energia assume o controle integral da UTE Araucária, que tem capacidade instalada total de 484 MW e é movida a gás natural. O ativo está localizado no município de Araucária, no estado do Paraná, próximo ao Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol). A Âmgrupo J&F também anunciou a compra da Fluxusar é uma empresa do grupo J&F e já possuía a UTE Cuiabá, ligada por gasodutos próprios às bacias da Bolívia, e a UTE Uruguaiana, integrada às reservas de gás da Argentina. Ambas as usinas estão sem contratos de venda de energia. Em setembro de 2023, a Âmbar adquiriu o complexo termelétrico de Candiota (350 MW), a carvão, por R$ 72 milhões.
Em dezembro de 2023, o grupo J&F também anunciou a compra da Fluxus, empresa de óleo e gás que ainda não conta com ativos no Brasil, mas que na Argentina celebrou acordo com a Pluspetrol para a aquisição da integralidade de três blocos do campo de Centenário, e de 33% do campo de Ramos.